Cotidiano | 21/11/2025 | Atualizado em: 21/11/25 ás 18:12

5 coisas que todo jaraguaense que nasceu nos anos 80 sente falta

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5 coisas que todo jaraguaense que nasceu nos anos 80 sente falta

Quem viveu Jaraguá do Sul nos anos 1980 (e consequentemente, 90) carrega um punhado de lembranças que hoje parecem quase de outro mundo. Era um tempo sem internet no bolso, mas cheio de pequenas descobertas que faziam a rotina ganhar um brilho especial – da buzina da litorina chegando na estação ao suspense de descobrir o cartaz novo no antigo cinema da Rua Carlos Jourdan.

Saudade daquela época em que até o ar quente saindo dos exaustores do supermercado virava uma experiência? Pois é. Se você se reconhece nessas memórias, prepare-se: esta lista é praticamente uma viagem no tempo.

1. Esperar a chegada da ‘liturina’ pra viajar até Joinville

Imagem histórica da Litorina chegando na estação de Jaraguá do Sul nos anos 80, com passageiros aguardando na plataforma.
Foto: H. Kuester/ Site Centro-Oeste Brasil

Lembra que beleza que era aquele vagãozinho de prata, indo sem parar através da paisagem rural e de matas, enquanto se viajava sentado em bancos super confortáveis e, pasmem, no ambiente climatizado? A litorina fazia os carros pararem nos cruzamentos enquanto a gente seguia viagem, às vezes dando tchauzinho pela janela.

Levava poucos minutos pra chegar em Guaramirim. No guichê da linda estação se comprava o ticket de papelão grosso, que era furado pelo cobrador pra marcar a viagem feita.

2. Finalmente descobrir o que ia passar no cinema quando trocavam os cartazes no Breithaupt

Sem sites, sem apps, sem telões… SEM SPOILERS, kkk. Os lançamentos do cinema eram quase sempre uma surpresa. Era na hora que trocavam os posters nas lojas Breithaupt que a gente descobria o que tinha pra assistir. E quando chegava essa hora, outro apuro: sobre o que é esse filme? O jeito de descobrir a sinopse era procurar no jornal, ou esperar com certa ansiedade pra ver se ia sair alguma matéria sobre o filme no Fantástico de domingo.

Ponto extra de saudade: quem aí lembra da bomboniere do Cine Jaraguá? O balcão era de madeira sólida, coisa linda demais. E pra entrar na sala, a gente passava por uma cortina de veludo. 

3. Sair da missa domingo e parar no Sorvetão ou na FrutiBom

Imagem histórica do Dia Nacional do Sorvete em Jaraguá do Sul, com crianças na fila para pegar sorvete na Sorveteria Sorvetão, nos anos 80.
Foto: Reprodução/AN Jaraguá

Se a missa ficava mais longa com a promessa de sorvete depois, o que dizer daquele tempo eterno que levava até que o pai finalmente saía do pátio lotado e engarrafado do estacionamento?

A ansiedade aumentava a vontade, e ser criança naquelas noites de domingo no verão tinha esse sabor maravilhoso e agridoce que era ganhar um sorvete a caminho de casa, já choramingando que amanhã a semana de aula ia começar de novo com uma prova de frações agendada.

4. Não ter idade pra poder saber como era a Marrakesch

Parecia MUITO LEGAL, mas não dava pra ir: alguém lembra desse sentimento? Às vezes tinha anúncio de festa na rádio, ou tinha cartaz de banda colado pela cidade, e a curiosidade só ficava maior. Como é uma festa? O que acontece? Por que não posso ir? Eu lembro a primeira vez que fui pra uma balada, e lembro também da decepção…

Ninguém brincava, só ficava se chacoalhando e andando dum lado pro outro naquele lugar escuro/claro/escuro/vermelho/amarelo/escuro/claro (kkk) que tinha um cheiro esquisito e era extremamente barulhento. Claro que algum tempo depois os romancezinhos deixaram tudo mais interessante, e trocar beijinhos no escurinho deu um sentido muito maior pra tudo.

5. Das árvores imensas que havia no Centro Histórico e na Marechal

Quem pegava o ônibus urbano na década de 90, pegava lá na frente do Centro Histórico. A fila dos amarelinhos ia desde a estação ferroviária até o finzinho do prédio onde hoje é a Biblioteca Pública. E de um desses lados até o outro, estavam lá umas árvores imensas, sombreadoras, cheias de passarinhos.

Lá nos dias do começo, os bebês recém-plantados começando a crescer

Dessas que deviam ser umas 10, gigantes, hoje restam duas apenas, que parecem meio assustadas com o que o destino pode lhes reservar, mas dão uma ideia da imponência de outrora.

Imagine esta cena vezes 10

E o vazio que o verde deixou naquele céu, é o mesmo que a gente agora encontra, por exemplo, na frente do Colégio Marista, também. A vegetação que preenchia a Marechal ficou grande demais para a cidade, e o excesso teve que ir embora. Agora veja só, como é a vida hoje: chega um dia onde você se vê sentindo saudade de uma árvore. É tão bonito quanto triste.

Bônus: querer fazer aula de natação na Olympia

Essa é pra poucos, trago a lembrança porque essa escola era um lugar incrível pra quem era criança. O lugar foi virando academia e tornou-se a Impulso. Essa talvez outros se lembrem, também era um lugar incrível.

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Ricardo Treis

Um publicitário que virou blogueiro pra falar de sua cidade, e então encontrou-se entre jornalistas, fotógrafos, artistas, notícias, crônicas, colunas, gracinhas e um monte de outras coisas que passaram a preenchê-lo com alegria e também problemas.

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