Quais são as 7 cidades de SC com taxa zero de desemprego?
Foto: Prefeitura de Xavantina/Facebook
Santa Catarina voltou a se destacar no cenário nacional com resultados expressivos sobre trabalho e renda. O Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento, divulgado pelo IBGE em 9 de novembro, revelou que o estado tem o mercado de trabalho mais aquecido do Brasil, combinando baixos índices de desemprego, altos níveis de formalização e uma das maiores rendas médias do país.
Santa Catarina mantém a menor taxa de desemprego do país
Entre todos os estados brasileiros, Santa Catarina apresentou a menor taxa de desocupação, com apenas 2,5% da população economicamente ativa sem emprego. O número contrasta com a média nacional de 5,67%, evidenciando a força do mercado de trabalho catarinense e sua capacidade de gerar oportunidades em diferentes setores produtivos.
Os dados também mostram que 41% dos municípios do estado registraram taxas iguais ou inferiores a 1%, e em 216 cidades o índice de desocupação não ultrapassou 2%. Essa amplitude demonstra que o bom desempenho não se concentra apenas nas grandes regiões, mas se distribui por todo o território.
Sete cidades conquistaram o índice de desemprego zero
De acordo com o levantamento do IBGE, sete municípios catarinenses alcançaram um feito raro no país: taxa zero de desemprego. Isso significa que, no período analisado, todas as pessoas com 14 anos ou mais que desejavam trabalhar estavam empregadas.
As cidades que atingiram esse resultado foram:
- Barra Bonita
- Celso Ramos
- Coronel Martins
- Ibiam
- Lajeado Grande
- Santa Rosa de Lima
- Xavantina
Em todo o Brasil, apenas 29 municípios alcançaram o mesmo patamar. A presença de sete cidades catarinenses na lista reforça o protagonismo do estado em geração de empregos e estabilidade econômica.
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Rendimento médio e qualidade das ocupações
Além do pleno emprego em várias regiões, Santa Catarina também figura entre os estados com maior rendimento domiciliar per capita do país. A média registrada foi de R$ 2.220, ficando atrás apenas do Distrito Federal (R$ 2.999) e à frente de São Paulo (R$ 2.093). O valor supera em 35,5% a média nacional de R$ 1.638.
O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, destacou que os resultados refletem o equilíbrio entre crescimento econômico e valorização da força de trabalho:
“Entre os mais de cinco mil municípios brasileiros, dois municípios catarinenses se destacam entre os que apresentam a maior renda domiciliar per capita do país: Florianópolis (R$ 3.636) e Balneário Camboriú (R$ 3.584) ocupam a terceira e quarta posição no ranking, respectivamente. […] Os bons resultados confirmam que Santa Catarina combina crescimento econômico e oportunidades.”
Evolução desde o último Censo
Comparando os dois levantamentos do IBGE, a taxa de desemprego em Santa Catarina caiu de 3,7% em 2010 para 2,5% em 2022, uma redução significativa. No mesmo período, o rendimento médio nominal subiu de R$ 1.355,13 para R$ 3.389,43, o que representa um aumento de 19% em relação à média nacional.
Quando ajustados pela inflação (INPC), os dados mostram que o rendimento médio real cresceu quase 20% no estado, enquanto o país como um todo registrou expansão de 8,63%. Esse desempenho coloca Santa Catarina à frente dos estados das regiões Sul e Sudeste em valorização de renda.
Quem é o trabalhador catarinense
O Censo também traçou o perfil dos trabalhadores no estado. As mulheres representam 44,84% da força de trabalho, enquanto os homens correspondem a 55,16%. A maioria dos ocupados se autodeclara branca (75,6%), seguida de parda (19,4%) e preta (4,6%).
Em relação à escolaridade, 40,2% dos trabalhadores possuem ensino médio completo ou superior incompleto, e 23,7% já concluíram o ensino superior. O índice de formalização é o mais alto do Brasil: 81% dos trabalhadores contribuem para a previdência, o que demonstra a predominância de vínculos formais.
Indústria e comércio sustentam o emprego
A indústria de transformação é o principal motor do emprego em Santa Catarina, reunindo 18,5% dos trabalhadores, o maior percentual entre todos os estados brasileiros — frente a uma média nacional de 10,2%. Em seguida, aparecem o comércio e reparação de veículos (17%), a construção civil (7,75%) e a agropecuária (6,58%).
Esses números evidenciam a diversificação econômica catarinense, que combina tradição industrial com inovação, agricultura eficiente e um setor de serviços em expansão.
Importância dos dados do Censo
O Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento é uma das principais ferramentas de diagnóstico socioeconômico do país. Realizado a cada dez anos pelo IBGE, o levantamento reúne informações sobre emprego, renda e escolaridade, permitindo a formulação de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento.
Os resultados estão disponíveis no portal do IBGE e nas plataformas SIDRA e Panorama do Censo, e ajudam a compreender as transformações do mercado de trabalho brasileiro e a consolidar Santa Catarina como um modelo de prosperidade e equilíbrio econômico.