7 ditados populares que você fala errado e não sabe

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Provavelmente você já usou expressões como “quem tem boca vai a Roma” ou “batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”. Mas, e se a gente te dissesse que você pode estar repetindo essas famosas frases do jeito errado a vida inteira?
Confira 7 ditados populares que quase todo mundo fala errado e descubra o que eles realmente significam.
“Esculpido em Carrara”
A forma correta é “cuspido e escarrado”, usada para dizer que alguém se parece muito com outra pessoa. A origem vem de expressões francesas e inglesas com o mesmo sentido. Apesar das versões “esculpido em Carrara” ou “esculpido e encarnado” circularem por aí, elas são variações equivocadas.
“Cor de burro quando foge”
O ditado certo é “corro de burro quando foge” e faz referência a uma fuga apressada e confusa, como alguém que corre ao ver um burro desgovernado. A expressão “cor de burro quando foge” se popularizou por erro de entendimento, mas não tem lógica no contexto.
“Quem tem boca vai a Roma”
A versão correta é “quem tem boca vaia Roma”, onde “vaia” vem do verbo vaiar. Na Roma antiga, o ditado fazia referência ao poder de se expressar e protestar. Com o tempo, virou “vai a Roma”, criando um novo significado que não condiz com a ideia original.
“São ócios do ofício”
A expressão correta é “são ossos do ofício” e significa que certos problemas ou dificuldades fazem parte natural de uma profissão. “Ossos” aqui simboliza aquilo que é duro, inevitável e faz parte do trabalho. A versão “são ócios do ofício” é um erro de entendimento que acabou se espalhando, mas não tem sentido na forma original.
“Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão“
A forma certa é “espalha a rama pelo chão”, pois na botânica a batata cresce debaixo da terra e espalha suas folhas (ramas) pela superfície. A versão “esparrama” surgiu da sonoridade, mas não é tecnicamente correta.
“Hoje é domingo, pé de cachimbo”
O versinho infantil original fala “hoje é domingo, pede cachimbo”, referindo-se ao domingo como um dia de lazer, quando se “pede cachimbo” para relaxar. Com o tempo, a frase foi se distorcendo e virou “pé de cachimbo”, embora essa versão não faça sentido.
“Quem não tem cão, caça com gato“
O ditado original é “quem não tem cão, caça como gato” e se refere ao comportamento estratégico do gato, que caça sozinho, com paciência e agilidade. A forma “caça com gato” mudou o sentido da frase e acabou sendo incorporada ao vocabulário popular por força do hábito.
Como isso impacta sua vida?
Muito mais do que curiosidades linguísticas, esses ditados mostram como a oralidade pode distorcer significados ao longo do tempo. Conhecer as formas corretas ajuda a preservar a riqueza da língua portuguesa e ainda rende boas conversas. Que tal compartilhar esse conhecimento com os amigos e ver quem mais anda errando por aí?
Maria Eduarda Günther
Jornalista em formação na FURB, nascida em Jaraguá. Cresci entre filmes, livros e peças teatrais. Após criar conteúdo para redes socias sobre Formula 1 e esportes descobri a paixão por jornalismo e a área de comunicação. Nunca perco a oportunidade de conhecer novos lugares e novas histórias por ai.