Fatal Model oferece R$ 250 milhões para rebatizar estádio do Athletico

Foto: Divulgação/Fatal Model
Uma proposta ousada e de alto valor tem movimentado os bastidores do futebol brasileiro. A Fatal Model, conhecida plataforma de anúncias de acompanhantes e suporte a criadores de conteúdo adulto, formalizou interesse em adquirir os naming rights da Arena da Baixada, estádio do Athletico Paranaense, em Curitiba (PR).
Notícias de Jaraguá no seu WhatsApp
Fique por dentro de tudo o que acontece na cidade e região.
A oferta foi anunciada na sexta-feira (6) e chega em um momento estratégico: o clube suspendeu recentemente o contrato com a Ligga Telecom, antiga detentora do nome do estádio, por inadimplência. Desde então, o nome oficial voltou a ser Arena da Baixada.
Proposta milionária
A Fatal Model propõe investir R$ 250 milhões para manter os direitos de nome do estádio entre junho de 2025 e dezembro de 2040, um contrato de 15 anos e sete meses. Isso equivaleria a um pagamento fixo de R$ 1,3 milhão por mês. Além disso, estão previstos vários bônus: R$ 1 milhão por participação do clube na Libertadores, por jogos da Seleção Brasileira e por sediar eventos internacionais; R$ 2 milhões a cada dez shows internacionais por ano; e R$ 3 milhões por eventual conquista da Libertadores.
Segundo Samuel Ongaratto, diretor de novos negócios da Fatal Model, a iniciativa visa ampliar a visibilidade internacional da marca: “Nos vincular a um clube campeão sul-americano nos leva a um patamar muito interessante de visibilidade”.
Situação da antiga patrocinadora
O impasse com a Ligga Telecom, cuja marca está presente em fachadas e placas internas do estádio, teve origem em atrasos de pagamento. O contrato com a empresa foi firmado em 2023, por R$ 200 milhões ao longo de 15 anos. Como o acordo foi usado como garantia para o pagamento da reforma da Arena para a Copa de 2014, a quebra do contrato representa um risco financeiro para o clube.
Até agora, o Athletico ainda não abriu negociação formal com a Fatal Model. A proposta tem validade de 10 dias.
Mercado de naming rights em alta
Se aceito, o acordo da Fatal Model colocará o Athletico entre os três clubes com maiores receitas em naming rights no Brasil. Atualmente, o topo da lista pertence ao Pacaembu (SP), rebatizado como Mercado Livre Arena, com contrato de R$ 1 bilhão por 30 anos. Outros exemplos incluem o Morumbis (R$ 25 milhões/ano), Allianz Parque e Neo Química Arena (ambos com R$ 15 milhões/ano).
A Fatal Model já patrocinou clubes como Vitória, Paysandu, Vila Nova, CRB e CSA, e já teve sua marca exposta em jogos da Seleção Brasileira e no Brasileirão.
Ranking dos naming rights dos estádios no Brasil
- Mercado Livre Arena Pacaembu: R$ 1 bilhão por 30 anos – R$ 33,3 milhões por ano
- Morumbis (São Paulo): R$ 75 milhões – R$ 25 milhões por ano
- Vila Viva Sorte (Santos): R$ 150 milhões por 10 anos – R$ 15 milhões por ano
- Allianz Parque (Palmeiras): R$ 300 milhões por 20 anos – R$ 15 milhões por ano
- Neo Química Arena (Corinthians): R$ 300 milhões por 20 anos – R$ 15 milhões por ano
- Ligga Arena (Athletico): R$ 200 milhões por 15 anos – R$ 13,3 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena Fonte Nova: R$ 52 milhões por 4 anos – R$ 13 milhões por ano
- Arena MRV (Atlético MG): R$ 71,8 milhões por 10 anos
- Arena BRB Mané Garrincha: R$ 7,5 milhões por 3 anos – R$ 2,5 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena das Dunas: R$ 6 milhões por 5 anos – R$ 1,2 milhão por ano
- Arena Nicnet (Botafogo-SP): R$ 6 milhões por 5 anos – R$ 1,2 milhão por ano
Como isso impacta sua vida?
O caso ilustra a transformação do futebol brasileiro em um grande palco para disputas de marca, onde os naming rights se tornaram um ativo estratégico. Para o torcedor comum, isso pode significar desde melhorias na infraestrutura do clube até o aumento da exposição de marcas controversas em espaços públicos. Em Jaraguá do Sul e região, o tema provoca reflexão: o quanto estamos preparados para esse novo mercado, onde o futebol e a publicidade se fundem em busca de relevância e dinheiro?
Max Pires
Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.