Quem vai dar um final feliz para Max? O doce cãozinho que espera há 8 anos por uma família
Ele nasceu em 2017. A mãe e os filhotes foram resgatados por uma protetora independente, que luta para salvar animais em Jaraguá do Sul e região. Foi ela quem acolheu Max e seus irmãos, cuidou da castração da mãe e encontrou lares possíveis.
Mas, como acontece tantas vezes no trabalho voluntário, as doações eram feitas da forma que se conseguia – e o destino de Max acabou sendo mais cruel do que parecia no começo.
Com apenas seis meses, chegou a denúncia. Amarrado a um fio curto, vivendo com água podre e restos de comida, magro e debilitado, Max já enfrentava maus-tratos.
“Era um filhote, mas parecia carregar um peso muito maior. Ele estava doente, muito frágil”, relembra Kelly Puccini, da Gang dos Patinhas, que resgatou o pequeno.
A equipe retirou Max de lá e, imediatamente, iniciou seu tratamento. Ele passou por vacinas, castração e cuidados intensivos. Antes de completar um ano de idade, já havia conhecido a dor e a esperança, a violência e o afeto.

As tentativas de lar que não deram certo
O primeiro capítulo da vida dele com a Gang dos Patinhas parecia caminhar para um desfecho feliz. Uma família em Guaramirim, se mostrou disposta a adotar. O pacote parecia completo: respeito, cuidado, voluntariado. Junto com Max, adotaram também um pinscher. Mas o que parecia ideal não se sustentou.
Conteúdos em alta
“O pinscher foi doado para outra família sem nos avisar. E, com o tempo, o tutor começou a pressionar: ou a gente retirava o Max, ou ele também seria doado. Tivemos que tirá-lo de lá”, conta Kelly.
De volta ao lar temporário, Max esperou mais uma chance. E ela veio: um casal que havia perdido um cão idoso de grande porte se ofereceu para acolhê-lo. Por um tempo, a vida dele pareceu enfim estável. Mas, quando os tutores decidiram se aposentar e mudar-se para um apartamento na praia, Max não entrou no plano.
“Não houve vínculo total. Ele viveu bem ali, mas não foi suficiente. Quando eles foram embora, ele voltou para nós.”
Três retornos, uma longa espera

Desde então, Max vive nos espaços da gangue. São pelo menos três anos sem receber uma nova proposta de adoção. Hoje, aos oito anos, ele é um cão maduro, saudável e sereno. Convive em harmonia com outros três cães na mesma baia, não dá trabalho, não exige atenção exagerada.
“Ele é tão dócil, tão companheiro… não é de brincar muito. É mais tranquilo, gosta de estar por perto. Um cão que se adapta facilmente”, descreve Kelly.
O porte grande, porém, parece afastar muitas famílias. Max pesa mais, come mais – cerca de 15 a 16 quilos de ração por mês – e exige cuidados um pouco mais caros. Para muitos, isso se torna um impeditivo. E, assim, um dos cães mais gentis que já passaram pelo abrigo continua sem a experiência de um lar definitivo.
O gigante que só quer amar
Max é o tipo de cachorro que se derrete com um gesto simples. Um carinho, um passeio, um olhar de afeto. Não distingue criança de idoso, cão pequeno de cão grande: a todos recebe com a mesma calma.
“Ele é bondoso, é lindo, é gentil. A gente nunca entendeu por que não foi adotado de novo. Talvez pelo tamanho, pelo medo que muitos têm de cães grandes. Mas é um desperdício imenso um animal assim não conhecer o amor de uma família”, lamenta Kelly.
Hoje, Max tem oito anos e meio. O tempo não para: para cães de grande porte, a expectativa de vida costuma girar em torno de doze a quinze anos. Ele ainda pode viver mais cinco, seis, até sete anos de companhia, passeios e afeto. Mas cada mês que passa é um mês a menos sem conhecer a vida de verdade – aquela feita de sofá compartilhado, de cheiro de casa, de rotina em família.

Um pedido em forma de história
“O que eu sonho para ele é que encontre uma família que não o abandone mais. Que viva com ele até o fim, que dê segurança, afeto, passeios. Ele merece. É só isso que ele merece”, emociona-se Kelly.
Max não pede nada além de amor. E talvez esteja esperando justamente você para ser, enfim, o final feliz da história que começou há tanto tempo.
>> Se você não pode adotar o Max, ajude a compartilhar a história dele. Cada curtida, comentário ou repost pode ser o elo que vai levá-lo até sua família definitiva.
Quer mudar a vida do Max? Entre em contato com a Gang dos Patinhas e siga o trabalho em @gangdospatinhas.
Ajude as ONGs e grupos de proteção animal a continuarem o excelente trabalho de proteção e acolhimento em Jaraguá do Sul e região. Você pode colaborar de várias formas:
- Ajapra (Associação Jaraguaense Protetora dos Animais): doações via Pix – CNPJ: 07.532.982/0001-01, doação de ração, fraldas, remédios e outros itens (confira as necessidades da ONG no Instagram: @ajapra_oficial);
- Gang dos Patinhas: doação via Pix – 8pix.gang@gmail.com. Saiba mais sobre a instituição pelo Instagram: @gangdospatinhas
- Focinhos Carentes: entre em contato e saiba mais pelo Instagram: @focinhoscarentes_poreles
- Bigodes e Ronrons: doação via Pix – grupobigodeseronrons@gmail.com. Saiba mais sobre a instituição pelo Instagram: @bigodeseronrons
Você também pode ajudar protetoras de animais independentes. Conheça algumas delas:
- Digia Deretti de Moura: @digiaprotetora
- Rutinha Protetora Pet: @rutinhaprotetorapet
- Simone Protetora: @_simoneprotetora_
Conhece outra alguma ONG da região? Escreva para redacao@nascecom.com.br e compartilhe conosco mais projetos incríveis dedicados à proteção e acolhimento de animais.
Max Pires
Já criei blog, portal, startup… e agora voltei pro que mais gosto: contar histórias que fazem sentido pra quem vive aqui. Entre um café e um latido dos meus cachorros, tô sempre de olho no que importa pra nossa cidade.