Santa Catarina | 07/10/2025 | Atualizado em: 07/10/25 ás 09:43

SC é o estado com mais doações de tecidos oculares do Brasil

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SC é o estado com mais doações de tecidos oculares do Brasil

Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom

Santa Catarina lidera o ranking nacional de doação de órgãos e tecidos por milhão de habitantes no primeiro semestre de 2025. Com 42,4 doadores por milhão, o Estado se destaca especialmente nas doações de córneas e escleras, tecido que reveste o globo oculares.

Entre janeiro e agosto, foram registradas 272 doações de tecidos oculares em Santa Catarina, que resultaram em 440 transplantes de córneas e 146 de escleras.

Quem são os doadores e como funciona o processo

O Estado conta com três Bancos de Olhos: um em Florianópolis, um em Chapecó e outro em Joinville. Essas unidades são responsáveis por captar, processar e distribuir os tecidos, além de treinar equipes médicas e identificar potenciais doadores.

Profissional da saúde faz transplante ocular.
Foto: Sid Macedo/ Ascom SES

Pessoas entre 2 e 70 anos, vítimas de acidentes, traumas ou infartos, podem se tornar doadores. Pacientes oncológicos também estão entre os principais doadores, segundo a Secretaria de Saúde. O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, lidera os registros.

A coleta ocorre entre 6 e 12 horas após o óbito e segue protocolos rigorosos de conservação. Córneas podem ser preservadas por até 14 dias e escleras por até um ano. Os tecidos são avaliados por oftalmologistas e transportados em caixas térmicas para hospitais de todo o Estado.

Apesar de uma pessoa poder manifestar em vida o desejo de ser doadora, a decisão final é sempre da família. Em Santa Catarina, 28,4% das famílias recusam a doação, um índice abaixo da média nacional, que é de 45%.

Como isso impacta sua vida?

A liderança de Santa Catarina na doação de tecidos oculares mostra que o sistema de saúde do Estado está estruturado e sensível às demandas da população. Com mais bancos de olhos e equipes preparadas, mais pessoas voltam a enxergar e têm qualidade de vida restaurada. Além disso, o índice menor de recusa familiar é um sinal de consciência coletiva sobre a importância da doação.

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Bruna Friedel

Jornalista em formação na FURB. Escrita é minha paixão, assim como livros, música e tudo que envolve cultura.

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