Economia | 08/10/2025 | Atualizado em: 08/10/25 ás 16:27

Produção de marreco recheado em cidade de SC dispara com Oktoberfest

PUBLICIDADE
Produção de marreco recheado em cidade de SC dispara com Oktoberfest

Demanda pelo produto aumenta no período das festas de outubro. Foto: Divulgação

Com a proximidade da Oktoberfest em Blumenau, a demanda por marreco recheado cresce de forma acelerada, movimentando a economia regional e reforçando tradições gastronômicas no Vale do Itajaí.

A cada ano, quando os primeiros ventos de outubro anunciam a chegada da maior festa alemã das Américas, a produção de marreco recheado artesanal entra em ritmo acelerado em Santa Catarina. Em Brusque, a tradicional empresa Kiave Alimentos já se prepara para dobrar sua capacidade de produção, atendendo ao aumento expressivo da demanda gerado pela Oktoberfest de Blumenau e por eventos paralelos em toda a região.

Fundada em 1992, a Kiave se consolidou como referência estadual na fabricação artesanal do prato típico germânico, mantendo viva uma receita que atravessa gerações. Reconhecida pelo cuidado com os ingredientes e pelo sabor autêntico, a empresa familiar projeta ultrapassar a marca de 20 mil marrecos recheados por mês durante o período que antecede a Oktoberfest — o dobro da produção habitual de 10 mil unidades.

Marreco recheado impulsiona empregos e movimenta a cadeia produtiva local

Apesar da alta na produção, a estrutura da empresa permanece enxuta: são 25 colaboradores fixos, que atuam em um sistema logístico afinado para garantir o atendimento à crescente procura sem comprometer a qualidade do produto. A estratégia adotada permite que o time atenda não apenas aos pedidos sazonais da Oktoberfest, mas também mantenha o abastecimento de empórios, mercados e restaurantes que oferecem o marreco recheado ao longo de todo o ano.

Além de abastecer cidades do Vale do Itajaí e outras regiões catarinenses, a iguaria carrega o Selo Arte – Artesanal do Brasil, que permite a comercialização interestadual do produto. Com isso, o marreco recheado da Kiave ultrapassa as fronteiras de Santa Catarina, conquistando novos mercados em diferentes estados do país.

Planejamento antecipado garante marreco na mesa durante a festa

O ciclo de produção do marreco recheado exige um planejamento minucioso. Segundo a empresária Daiane Vailati, que lidera a empresa ao lado da nova geração da família, o processo tem início meses antes da Oktoberfest:

“As aves alojadas nos aviários em julho vão ser servidas na festa de outubro. Em maio e junho precisamos programar o aumento nos alojamentos, pois leva 28 dias para nascer os marrequinhos, depois são 56 dias para engordar e então o abate. Eles vêm de uma granja de Massaranduba e chegam com um dia de vida.”

Esse cronograma exige não apenas organização, mas também investimento em infraestrutura para garantir o armazenamento adequado, já que o produto é livre de conservantes e precisa chegar fresco ao consumidor final.

Tradição, sabor e legado familiar

A história da Kiave começou com uma ideia simples e saborosa. O fundador Paulo Armando Vailati viu no marreco uma oportunidade de negócio, e sua esposa, Maria P. Vailati, deu um toque especial à produção ao recheá-lo com uma receita de família — uma herança da culinária germânica que se tornou o grande diferencial da marca.

Hoje, a terceira geração já atua no negócio. Daiane, formada em design de interiores, assumiu a liderança da empresa com foco em planejamento, qualidade e expansão. Seu filho, de 21 anos, participa ativamente no controle de qualidade dos produtos que chegam às mesas dos consumidores.

Com ingredientes selecionados, produção artesanal e atenção aos detalhes, a receita da Kiave conquistou o paladar de quem busca tradição, autenticidade e qualidade. O marreco recheado se transformou em símbolo cultural do Sul do Brasil, e hoje representa não apenas um prato típico, mas uma verdadeira expressão da identidade regional.

A Oktoberfest amplia consumo além dos limites da Vila Germânica

Embora a Oktoberfest de Blumenau seja o ponto alto do calendário, o consumo de marreco recheado não se restringe ao parque Vila Germânica. Conforme explica Daiane Vailati, a procura também cresce em restaurantes da região, eventos corporativos, festas privadas e confraternizações em cidades vizinhas como Gaspar, Indaial e Brusque.

Essa valorização dos sabores típicos locais não apenas reforça o turismo gastronômico, como também fomenta o empreendedorismo familiar e fortalece a cadeia econômica que envolve granjas, abatedouros, transportadoras, pontos de venda e serviços de alimentação.


Como isso impacta sua vida?

Se você vive no Vale do Itajaí, especialmente nas cidades que respiram cultura germânica como Blumenau, Brusque ou Gaspar, o crescimento da demanda por marreco recheado durante a Oktoberfest significa mais oportunidades de emprego, movimentação na economia local e valorização de produtos feitos com identidade regional. Ao consumir esse prato típico, você não apenas aprecia um sabor tradicional, mas também apoia pequenos produtores e fortalece a cultura da nossa região.

Notícias de Jaraguá no seu WhatsApp Fique por dentro de tudo o que acontece na cidade e região.
Entrar no Canal

Marcio Martins

Profissional da comunicação desde 1992, com experiência nos principais meios de Santa Catarina e no poder público. Observador, contador e protagonista de histórias, conheço Jaraguá do Sul como a palma da mão

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Hospedagem por ServerDo.in
©️ JDV - Notícias de Jaraguá do Sul e região - Todos os direitos reservados.
guiwes.com.br