Coqueluche volta a crescer em Santa Catarina e preocupa famílias com crianças pequenas
Foto: Pixabay/Usuário anonymous (licença livre)
Santa Catarina está entre os estados com maior incidência de coqueluche no Brasil, uma doença que muitos acreditavam estar controlada. Em 2024, o país teve um aumento de 1.253% nos casos em crianças pequenas, com SC figurando entre os três estados com mais ocorrências.
A volta preocupante da coqueluche em crianças
Em 2024, foram registrados 4.304 casos de coqueluche em crianças com menos de cinco anos no Brasil, segundo o projeto Observa Infância. Em 2023, haviam sido apenas 318 casos. Santa Catarina teve uma das maiores taxas: 175,9 casos por 100 mil crianças, ficando atrás apenas de Paraná e Distrito Federal.
A doença, conhecida como “tosse comprida”, é causada por uma bactéria e pode levar a complicações graves, como pneumonia e convulsões. Em bebês menores de seis meses, o risco é ainda maior.
Situação em SC acende alerta
Em 2024, Santa Catarina confirmou 341 casos da doença entre crianças e adultos, sendo 83 hospitalizações. Em 2023, haviam sido apenas dois casos. Em 2025, os números seguem altos: 132 casos confirmados até o início de outubro, com 48 hospitalizações.
Patricia Boccolini, coordenadora do Observa Infância, explica que a baixa cobertura vacinal é um dos fatores que favorecem esses surtos. Apesar de uma leve melhora em 2024, a meta de 95% de cobertura ainda não foi alcançada.
Vacina é essencial para proteção
A vacina pentavalente é a principal forma de prevenção, sendo aplicada nos primeiros meses de vida. Reforços com a vacina DTP são indicados aos 15 meses e aos 4 anos.
Em 2024, a cobertura com a DTP subiu para 90,2%, mas ainda abaixo da meta. Em 2015 foi a última vez que o Brasil alcançou os 95%. A pandemia contribuiu para o atraso nas vacinações, acumulando um grande número de crianças suscetíveis.
Como isso impacta sua vida?
O retorno da coqueluche mostra como a vacinação infantil continua essencial. Famílias precisam manter o calendário em dia para proteger os pequenos. Em cidades como Jaraguá do Sul, onde a vigilância epidemiológica é atuante, o alerta serve para reforçar a importância da imunização e dos cuidados com sintomas respiratórios.
Nicolas Cauduro
Estudante de Jornalismo, nascido em Jaraguá do Sul, criador de conteúdo digital sobre futebol e apaixonado por esportes. Sempre em busca de uma nova história para contar.
