Raridade genética em animais intriga pesquisadores em cidades de SC; saiba mais!
Foto: Divulgação Pexels
Dois registros recentes de veados albinos em cidades vizinhas do Vale do Itajaí chamaram a atenção de pesquisadores e lançaram uma pergunta no ar: seriam avistamentos diferentes ou o mesmo animal circulando pela região? O mistério é tema de um artigo publicado na Brazilian Journal of Animal and Environmental Research.
O primeiro avistamento ocorreu em julho, em Guabiruba. Um morador do bairro Aymoré relatou ter visto um veado albino na mata e procurou o zoobotânico de Brusque. Poucas semanas depois, outro cervídeo com características semelhantes foi flagrado em Indaial, a cerca de 55 quilômetros de distância do primeiro ponto.
Um fenômeno raro na natureza
A raridade chama atenção porque o albinismo é uma condição genética incomum, ainda mais em espécies silvestres ameaçadas, como é o caso dos cervídeos da Mata Atlântica. A veterinária Milene Zapala, uma das autoras do artigo, atua no zoobotânico de Brusque e cuida de Flokinho, considerado o único veado-mateiro albino em cativeiro do Brasil.
Segundo os pesquisadores, o aumento de casos como esse pode estar ligado ao desmatamento e à redução das populações silvestres, o que favorece o cruzamento entre animais com grau de parentesco e, consequentemente, a ocorrência de defeitos genéticos como o albinismo.
Parque pode ser rota de circulação
Entre Guabiruba e Indaial está o Parque Nacional da Serra do Itajaí, uma área de conservação com cerca de 57 mil hectares de floresta. A existência do parque aumenta as chances de que os dois avistamentos estejam relacionados ao mesmo animal, embora não haja confirmação científica sobre isso.
Mesmo com limitações como a baixa visão, esses veados albinos demonstram capacidade de viver livres na natureza, o que reforça a importância da preservação ambiental e da biodiversidade local.
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Como isso impacta sua vida?
Os flagrantes de veados albinos em cidades do Vale do Itajaí são mais que uma curiosidade: são um alerta para a necessidade de proteger os habitats naturais que ainda restam em Santa Catarina. Eles mostram como a perda de floresta e a pressão sobre a fauna selvagem podem gerar efeitos inesperados na biodiversidade. A preservação é essencial para manter o equilíbrio ecológico e garantir que raridades como essas possam continuar existindo.