Turismo de terror: 7 lugares macabros para conhecer em Santa Catarina
Túnel "assombrado" da cidade de Siderópolis em Santa Catarina. Foto: Divulgação
No clima de Halloween, que tal explorar um lado diferente de Santa Catarina? Apesar de ser muito conhecido por suas belezas naturais, o estado também guarda histórias macabras, construções misteriosas e cenários que parecem saídos de um filme de terror.
De casarões mal-assombrados a cemitérios esquecidos pelo tempo, a lista abaixo é perfeita para quem curte turismo sombrio, lendas regionais e aquele friozinho na espinha. Mas se você for do tipo medroso… talvez seja melhor deixar a luz acesa durante a leitura.
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Confira 7 lugares sombrios para visitar em SC
1. A gruta da noiva – Piçarras
Essa história é bem conhecida por turistas e moradores da região. Se trata de uma gruta localizada na Ilha Feia, em Piçarras, assombrada por uma noiva abandonada no altar.
A lenda conta que ela teria usado a gruta como esconderijo, para fugir da vergonha e humilhação sofrida, e posteriormente morrido no local. Por isso, ela odeia os homens e costuma atraí-los para a escuridão com seus choros e lamentos.

Existe também outra versão da história: anos atrás uma noiva, prestes a se casar, descobriu que seu noivo havia a traído. Ela ficou totalmente desolada. Ainda vestida de noiva, ela foi até a ilha (não se sabe se de barco ou a nado), para ficar sozinha. Chorou por vários dias até não se ter mais notícias sobre o seu paradeiro.
Conteúdos em alta
Muitos pescadores juram já ter ouvido o choro da garota ao navegar próximo à ilha. Dizem até que aqueles que foram até o lugar procurá-la nunca mais voltaram.
2. Leprosário – São Francisco do Sul
Esse é definitivamente um dos lugares com a história mais sinistra do Estado. Situado na cidade de São Francisco do Sul, no Balneário de Capri, as ruínas de um antigo leprosário da cidade são apavorantes.

Segundo os registros históricos, o local foi construído por Dom Pedro II para servir de abrigo aos doentes deportados do Rio de Janeiro e de outras regiões. Mas mesmo após ser desativado, há muitos e muitos anos, a construção continuou abandonada, pois as pessoas tinham medo de serem contaminadas com as doenças de quem ficou internado por lá.

Como muitas pessoas chegaram a morrer no local, na época, existe a lenda de que muitos espíritos ficaram por lá, vagando sem rumo. Por isso, há relatos de pessoas que viram vultos pelas ruínas, e outros até dizem ter ouvido lamentos e gemidos dos que morreram muito doentes.
Ainda hoje as pessoas que visitam as ruínas do leprosário dizem se sentirem mal ao caminhar pelo prédio abandonado.
3. Casarão assombrado de Procópio Gomes – Joinville
Quem for para Joinville um dia desses, e passar por esse casarão, certamente sentirá arrepios. Procópio Gomes de Oliveira (1859-1934) foi um superintendente municipal da cidade (como se fosse um prefeito, deputado estadual e coronel da Guarda Municipal… tudo ao mesmo tempo).

E em 1913, ele construiu um grande casarão para abrigar sua família – aos fundos o terreno havia ainda uma grande área com árvores e um tanque.
Rezam as lendas que pessoas escravizadas foram mortos no local, inclusive crianças, e por isso algumas pessoas dizem que sombras e sussurros são presenciados durante a noite.

Relatos ainda mais tenebrosos contam que no porão da casa é possível ouvir o choro dos bebês que morreram no local, e que a antiga proprietária, esposa de Procópio, assombra a casa.
É de arrepiar uma história dessas, né?
4. Pedra descansa defunto – Bombinhas
O nome é, no mínimo, curioso, não é mesmo? Este é um ponto turístico que fica localizado no alto do morro entre a divisa da praia de Bombinhas com Porto Belo. Os antigos dizem que antes de abrirem as estradas, este era um antigo caminho utilizado pela população local.

Naquela época, quando alguém morria em Bombinhas, o corpo era transportado para o único cemitério da cidade e, geralmente, os carregadores colocavam o caixão em cima da pedra para descansar antes de continuar o caminho.
Diz a lenda que alguma energia estranha permaneceu no local, pois relatos de vozes, choro de crianças, lamentos e gemidos são ouvidos durante a noite. A crença sobre assombrações é tão forte que os moradores mais antigos evitam passar por ali depois que o sol se põe.
Se eu fosse você, não passaria por lá!
5. Túnel assombrado – Siderópolis
Sempre tem um túnel macabro por aí, né? Esse aqui fica em Siderópolis, um pequeno município de SC. Por lá existe uma lenda de um túnel mal-assombrado contada pelos mais antigos.
Dizem que durante sua construção, em 1944, muitas pessoas morreram devido a um incidente – e um assassinato. Também há relatos de mortes de indígenas durante as obras. Depois disto, várias pessoas que passaram pelo local durante a noite relataram terem ouvidos gritos de dor e lamentos.

A umidade, a escuridão e o silêncio pesado do local reforçam o clima de medo. Será que os fantasmas de antigos trabalhadores ainda vagam por ali?
6. Parque Malwee – Jaraguá do Sul
Jaraguá do Sul se orgulha de ter um dos parques mais bonitos de Santa Catarina — modéstia à parte. Mas basta o sol começar a se esconder para o parque ganhar uma aura misteriosa.
Segundo uma lenda local, um homem vestido de terno preto costuma aparecer e desaparecer próximo à cripta onde repousam as cinzas do fundador do parque, Wolfgang Weege.

Os relatos descrevem sempre a mesma cena. Um homem elegante, silencioso, com olhar calmo e distante. Ele costuma ficar sentado em um banco, observando o movimento ao redor, sem interagir com ninguém. E então, de repente, desaparece.
Histórias como essa já circularam em vídeos no YouTube e nas redes sociais. Muitos acreditam que seja o próprio Wolfgang, falecido em 1987, voltando em espírito para garantir que o parque siga sendo bem cuidado.
Se você tiver coragem de caminhar por lá ao entardecer, vá com olhos atentos. Quem sabe, entre as sombras e o sussurro das árvores, você também não cruza com o homem de terno preto?
7. O cemitério de indígenas e escravizados – Penha
Agora, uma das histórias mais sombrias do estado fica em Penha. Lá, próximo à Praia dos Cascalhos, existe um lugar que supostamente foi um cemitério de indígenas e pessoas escravizadas. A descoberta ocorreu após as marés avançarem sobre a terra e causar o desmoronamento de alguns barrancos.

Ali, sobre as pedras e areias, apareceram restos de ossos humanos antigos. Após estudos históricos, foi descoberto que naquela região poderia mesmo ser um cemitério utilizado por povos originários e pessoas submetidas à escravidão..
Essa descoberta justificou as várias histórias que eram relatadas por quem se arriscava a passar por ali durante a noite. Dizem que vultos de pessoas eram vistas andando no meio do mato e na beira do mar, e depois sumiam misteriosamente.
>> Sentiu falta de alguma história macabra ou lugar assombrado nesta lista? Manda sua sugestão para redacao@nascecom.com.br e aproveita pra contar: qual desses lugares você teria coragem de visitar?
Como isso impacta sua vida?
Esses lugares e lendas reforçam o vínculo entre memória e identidade catarinense. Conhecer e preservar esses contos passados de geração a geração é uma forma de manter viva a cultura da cidade e olhar o cotidiano com um pouco mais de curiosidade… e respeito pelo que (talvez) não se vê.
Gabriela Bubniak
Jaraguaense de alma inquieta e jornalista apaixonada por contar boas histórias. Tenho fascínio por livros, música e viagens, mas o que me move é viver a energia de um bom futsal na Arena e explorar o que há de melhor na nossa terrinha.