Conheça o “Papai Noel do mato” que virou tradição natalina em Santa Catarina
Foto: Divulgação/Prefeitura de Guabiruba
Em Guabiruba, no Vale do Itajaí, o Natal tem um toque de mistério e tradição com o Pelznickel, figura folclórica trazida por imigrantes alemães que virou símbolo da cidade. Muito diferente do bom velhinho, o Pelznickel é conhecido como o “Papai Noel do mato”, com roupa feita de folhas, barba de velho e chifres que assustam tanto quanto ensinam.
A origem do Pelznickel remonta ao século IV, ligado a São Nicolau. Na tradição germânica, ele não vinha para premiar, mas para repreender crianças desobedientes. Com visual único, feito de galhos e outros elementos naturais, ele surgia do mato para lembrar que comportamento tem consequências.
Hoje, a abordagem é mais simbólica: o Pelznickel ainda assusta, mas com o objetivo de ensinar. Em vez de “levar pessoas para o mato”, como dizia a lenda, ele propõe uma reflexão sobre atitudes e escolhas. A figura lembra também o Krampus europeu, mas ganhou identidade própria em solo catarinense.
Capital Catarinense do Pelznickel
Em Guabiruba, a tradição virou festa. Desde 2005, a Sociedade do Pelznickel preserva essa cultura com eventos, desfiles e atividades educativas. O ponto alto é a Pelznickelplatz, que neste ano chega à 13ª edição, com novo endereço: o Parque Municipal Vereador Érico Vicentini.

A programação inclui desfile de Pelznickels, presépio vivo, mercado de Natal, espaço infantil e outras atrações culturais. A entrada custa R$ 13 pelo app Pedidos10 (ou R$ 15 na bilheteria), com acesso exclusivo ao Caminho da Tradição e às demais áreas do parque. Crianças de até 10 anos entram de graça com documento.
Conteúdos em alta
As datas são 12, 13, 14, 19, 20 e 21 de dezembro, sempre com início entre 17h e 19h, conforme o dia. A tradição viva faz jus ao título de Capital Catarinense do Pelznickel.
Como isso impacta sua vida?
O Pelznickel é mais do que uma figura assustadora. É memória viva de uma cultura que atravessou oceanos e criou raízes em Santa Catarina. Celebrar essa tradição é valorizar a diversidade cultural e fortalecer o sentimento de pertencimento.
Maria Eduarda Günther
Jornalista em formação na FURB, nascida em Jaraguá. Cresci entre filmes, livros e peças teatrais. Após criar conteúdo para redes socias sobre Formula 1 e esportes descobri a paixão por jornalismo e a área de comunicação. Nunca perco a oportunidade de conhecer novos lugares e novas histórias por ai.