Conheça as aves românticas do Brasil
Rico em biodiversidade, país abriga exemplos de demonstração afetiva em espécies-símbolo
15/06/2020
Afeto não é uma exclusividade humana. Outras espécies também compartilham carinho e cuidado, às vezes por toda a vida. O tema é objeto constante de estudos, mas, apesar de um certo “romantismo”, o que se sabe ao certo é que esse comportamento está relacionado com a necessidade de reprodução e evolução biológica.
“Devido à sua beleza, formas e cantos, as aves fascinam e estão entre os melhores grupos animais para engajar a sociedade com a conservação da natureza. O comportamento monogâmico de algumas espécies aproxima ainda mais as aves e as pessoas”, diz o biólogo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Pedro Develey, que também é diretor-executivo da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).
No país, as aves roubam a cena: cerca de 90% delas formam casais que ficam juntos por períodos reprodutivos ou por toda a vida. “As unidades de conservação brasileiras, que cobrem uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 17% do território nacional, têm importante papel na preservação de ambientes equilibrados para a conservação da fauna, incluindo as aves”, explica Marion Silva, coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário.
Na semana em que se comemora o Dia dos Namorados, confira algumas espécies de aves “românticas” que vivem no Brasil e saiba um pouco mais sobre elas.
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Papagaios
Os papagaios são os mais populares e sociáveis. São conhecidos como mestres do amor eterno devido à estimativa de que 90% sejam monogâmicos. Papagaio é o nome popular do gênero Amazona, com mais de 30 espécies que vivem no hemisfério Sul e na América Central. No Brasil, são 12 espécies que podem ser encontradas no país todo, especialmente na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica. O mais comum deles é o papagaio-verdadeiro. Eles se destacam pela beleza, graciosidade, inteligência e longevidade. Vivem em média 60 anos, podendo chegar aos 80. Algumas espécies estão ameaçadas de extinção devido ao desmatamento e ao tráfico ilegal de animais silvestres.
Suindara, a coruja-da-igreja
Também conhecida como coruja-da-torre ou coruja-católica, a espécie está entre os grandes exemplos de vínculo na vida animal, demonstrando forte ligação não só com o parceiro, mas também com o território. É uma ave popular no Brasil por também viver em centros urbanos, usando sótãos, celeiros e torres de igrejas para dormir ou fazer seu ninho. Tem vida média de 10 anos. Os biomas que mais abrigam corujas no Brasil são Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Caatinga. A porção sul da Mata Atlântica, localizada nos estados do Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, reúne cerca de 17 espécies. Há poucos dados sobre o status de conservação das corujas. Na maioria das vezes, são classificadas como “espécie com dados desconhecidos” nas listas de espécies ameaçadas de extinção.
Araras
Assim como os papagaios, há várias espécies de araras, um dos símbolos da fauna brasileira. As mais conhecidas são a arara-azul-grande, a arara-canindé, a arara-vermelha e a arara-militar. Estão presentes, principalmente, na Amazônia e em rios costeiros, podendo ser encontradas também no Pantanal e em áreas de Cerrado no Planalto Central. Com características afetuosas e brincalhonas, o casal vive junto por muito tempo, mesmo fora dos períodos reprodutivos. Por esse motivo, sua taxa reprodutiva é baixa, tendo quase sempre dois ovos a cada ninhada. Vivem por 60 anos ou mais e também correm risco de extinção devido à caça e captura ilegal.
Albatroz
No Brasil, ocorrem dez espécies de albatroz, que vivem na costa litorânea de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Quando acasala, a ave mantém o seu par para o resto da vida. São conhecidos pela troca de carícia com o toque dos bicos e pela dança que o macho executa para atrair a fêmea. No período de reprodução, o macho escolhe o local para o ninho, defendendo o território de outros animais até a chegada de sua parceira. O casal se reveza para chocar os ovos e buscar alimento. O albatroz é uma ave marinha de grande porte, que consegue voar longas distâncias, mas é mais conhecido por suas aterrissagens desajeitadas. Passa a vida, que pode chegar a quase 50 anos, voando em alto-mar e tem a habilidade de dormir na superfície da água.
Afeto não é uma exclusividade humana. Outras espécies também compartilham carinho e cuidado, às vezes por toda a vida. O tema é objeto constante de estudos, mas, apesar de um certo “romantismo”, o que se sabe ao certo é que esse comportamento está relacionado com a necessidade de reprodução e evolução biológica.
“Devido à sua beleza, formas e cantos, as aves fascinam e estão entre os melhores grupos animais para engajar a sociedade com a conservação da natureza. O comportamento monogâmico de algumas espécies aproxima ainda mais as aves e as pessoas”, diz o biólogo e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Pedro Develey, que também é diretor-executivo da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).
No país, as aves roubam a cena: cerca de 90% delas formam casais que ficam juntos por períodos reprodutivos ou por toda a vida. “As unidades de conservação brasileiras, que cobrem uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 17% do território nacional, têm importante papel na preservação de ambientes equilibrados para a conservação da fauna, incluindo as aves”, explica Marion Silva, coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário.
Na semana em que se comemora o Dia dos Namorados, confira algumas espécies de aves “românticas” que vivem no Brasil e saiba um pouco mais sobre elas.
Fonte: Fundação Grupo Boticário
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