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Histórias que a vida conta – Da limpeza pública a ferraria: amor incondicional de mãe

Em todas elas é possível encontrar duas certezas: elas não se arrependem de nada e fariam tudo de novo

09/05/2021

Guerreiras e intensas. Essas duas palavras quando separadas não tem muito sentido, mas, juntas, descrevem o papel e o amor de uma mãe. E para elas nada importa a não ser o bem-estar dos filhos. Passam fome se preciso for, ficam noites acordadas e acham respostas para os infinitos porquês. 

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A margarida (mulher que trabalha na limpeza pública) Elsa Francisca Soares, de 50 anos, moradora há 13 anos de Jaraguá do Sul, veio de São Paulo com os seus quatro filhos pequenos. Após a separação, ela e as crianças, hoje adultos, moraram em Curitiba antes de vir de mala e cuia para Santa Catarina. 

“Eu estava desempregada na época e meus filhos passando fome. Comecei a catar reciclagem na rua para criar eles. Colocava todos no carrinho e revirava os lixos”, lembra. 

Quem teve uma história semelhante foi Vanda Vieira, de 55 anos. Ela, companheira de trabalho de Elsa, criou os dois filhos sozinha. “Às vezes é melhor criar sozinha do que eles crescerem vendo o exemplo errado do pai”. 

De acordo com Vanda, ela e o ex-marido brigavam muito e isso não era saudável para os filhos. “Só quem cria um filho sozinho sabe a luta que é, mas não me arrependo”, comenta emocionada. 

E não importa se é filho biológico ou adotivo, pois o amor de uma mãe não vê essas burocracias. A ferreira Elia Hass, de 50 anos, nunca teve filhos, mas adotou Cláudio Júnior, filho do marido, como seu.

“A nossa relação é muito boa. Todos os dias tomamos café da manhã, almoçamos e jantamos juntos. Somos companheiros”, salienta. 

E quem sabe bem dessa cumplicidade, é Ronilda Schoald Oliveira, de 52 anos. Ela e o marido, com quem é casada há 37 anos, criaram os dois filhos. O casal trabalha no serviço de limpeza de rua – ela como margarida e ele como motorista de caminhão. 

“Meus filhos nunca tiveram preconceito com relação a nossa profissão. Pelo contrário, quando eu menos espero eles estão atrás de mim na Praça, por exemplo, me pedem bênção e me dão um beijo”, diz ela emocionada. 

A margarida Ronilda lembra com carinho que todos os dias, ela e a filha se falam no intervalo do trabalho, por volta das 9 horas da manhã. E quando Ronilda não liga, a filha manda mensagem pedindo se está tudo bem.

 “Teve um dia que meu filho me chamou para tomar café em uma lanchonete e eu estava com o uniforme da empresa”, comenta com orgulho.

Em todas elas é possível encontrar duas certezas: elas não se arrependem de nada e fariam tudo de novo; e amam incondicionalmente seus filhos.

O JDV deseja um feliz Dia das Mães a todas as mães sejam elas biológicas ou de coração.

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