Médico e psicóloga do Hospital São José esclarecem sobre doação
Com muita propriedade, os profissionais esclareceram dúvidas sobre quem pode ser doador de órgãos e tecidos, como isso é feito, morte encefálica, autorização da família, entre outras questões.
25/09/2020
Na quarta-feira (23), o Núcleo de Saúde e Bem Estar da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul promoveu uma live sobre Setembro Verde – Mês da Doação de Órgãos, pelo Instagram do núcleo: @nsbe.acijs.
O bate papo contou com a presença do cirurgião geral do serviço de transplante hepático Gustavo Polesso Noal, e da psicóloga hospitalar Fernanda Kluge, ambos membros da equipe do Hospital São José.
Com muita propriedade, os profissionais esclareceram dúvidas sobre quem pode ser doador de órgãos e tecidos, como isso é feito, morte encefálica, autorização da família, entre outras questões.
No Hospital São José existe duas equipes distintas: uma de captação de órgãos e outra de transplante.
O hospital está autorizado a realizar transplantes de rim e fígado. Outros órgãos, quando ocorre morte encefálica do paciente e com autorização expressa da família, são encaminhados para outros hospitais especializados em transplantes, sempre que houver compatibilidade, de acordo com a lista de espera.
“Não existe retirada de órgãos para doação sem autorização da família, mesmo que o doador declare o desejo em vida. Só ela pode decidir isso. Mas, a declaração em vida é importante na tomada da decisão. É importante que esse assunto seja falado em casa”, disse o médico Gustavo Noal (foto).
Ele observou que o hospital conta com estrutura para captação de órgãos e transplantes, com uma equipe capacitada e preparada para os procedimentos.
No Brasil de dimensões continentais, existe cerca de 400 equipes que fazem isso. “Considerando o tamanho do Brasil, Jaraguá do Sul está bem servido e com uma estrutura admirável”, comentou.
De janeiro a agosto, segundo o SC Transplantes, o Hospital São José registrou 11 notificações por morte encefálica, com sete entrevistas com familiares.
Cinco aceitaram a retirada de órgãos para transplantes e duas recusaram.
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SC registra crescimento na doação de órgãos no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2020, o Sistema Estadual de Transplantes (SC Transplantes) registrou 145 doações efetivas de múltiplos órgãos e tecidos, acima do mesmo período no ano anterior, quando houve 137 doações.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, Santa Catarina está em segundo lugar em doações de órgãos no primeiro semestre deste ano, atrás apenas do Paraná.
O Estado atingiu o índice de 40,5 doações de órgãos efetivas por milhão de população (pmp), sendo que a média nacional foi de 15,8 pmp.
O transplante de órgãos e tecidos, entre janeiro e março de 2020, chegou a 345 procedimentos. Com os meses de abril a agosto, alcançou 624 transplantes. Deste total, 380 foram de córneas e 244 de órgãos (rim, fígado, coração e rim/pâncreas).
O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos é comemorado em 27 de setembro, mas todo o mês é dedicado ao incentivo e conscientização da importância da doação de órgãos, denominado Setembro Verde.
No primeiro semestre de 2020, mesmo com a situação de emergência em saúde pública devido à pandemia da Covid-19, o SC Transplantes registrou 145 doações efetivas de múltiplos órgãos e tecidos, acima do mesmo período no ano anterior, quando houve 137 doações.
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