Saúde

“Ninguém tem covid porque quer. A pessoa precisa ser tratada com respeito”, alerta Fabiane

Além do sintomas físicos provocados pelo coronavírus, muitos pacientes passam por situações de preconceito.

31/07/2020

O painel Covid-19 de quinta-feira (30) aponta para 927 pessoas recuperadas. Muitas delas, além do sintomas físicos provocados pelo coronavírus, passaram por situações de constrangimento e até preconceito. Os relatos a respeito, numa espécie de desabafo, são fáceis de serem encontrados nas redes sociais.

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Além dos  riscos e incertezas da doença, outro inimigo com força tão destruidora quando o vírus é a ignorância. O que deve ficar claro é que uma vez curada da covid e liberada do isolamento necessário, não há mais perigo de transmissão. O vírus não dura para sempre, tem início e fim.

Parte do preconceito, que alimenta os mitos e fake news sobre o assunto, começa quando, uma vez detectado caso positivo, se quer saber quem é, onde mora, a qual bairro pertence, com o objetivo de ficar longe.

“Há a necessidade de colocar em prática as medidas de proteção, manterem-se afastadas, mas depois disso, é vida que segue. Ninguém tem covid porque quer, infectou-se de alguma maneira e, uma vez curada, não transmite mais. A partir daí, precisa ser tratada com respeito, empatia e solidariedade”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica, Fabiane da Silva Ananias.

Os impactos do preconceito e da estigmatização social são inúmeros, passam do psicológico ao financeiro.  O tratamento negativo pode afetar, também, pessoas próximas, como cuidadores e familiares. A questão é séria a tal ponto que da Organização Mundial da Saúde (OMS) organizar um guia contra o estigma social. Nele, o nível de estigmatização social associado à nova doença é baseado em três fatores principais:

 1 – A covid-19 é uma enfermidade nova e desconhecida.

2- Frequentemente, a sociedade tem medo do desconhecido. 

3 – O medo é associado com o “outro”.

A sensação de medo está na raiz deste comportamento que provoca reações equivocadas.

“O vírus coloca todos na condição de humanos, no mesmo patamar, não distingue classe social, credo ou qualquer outra forma de segregação. Não há piores ou melhores, somos todos iguais”, conclui.

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