Corupá

Rede de transmissão da Copel que passa na região está em operação

A rede tem 144 quilômetros de extensão e opera em 525 kV

06/04/2021

A Copel colocou em operação no dia 28 de março a nova linha de transmissão de energia que conecta as subestações Curitiba Leste e Blumenau. O investimento total no projeto foi de R$ 192 milhões. “Com a entrada dessa linha, o Paraná pode receber mais energia elétrica proveniente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para consumo no estado ou exportação para o Sudeste através de outras interligações”, explica o diretor geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Carlos Bertol.

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“A região Leste de Santa Catarina também é beneficiada com uma alternativa de suprimento, reduzindo a dependência da operação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda para atendimento da demanda por energia”, completa o executivo.

A rede tem 144 quilômetros de extensão e opera em 525 kV – tensão extra alta, que permite o transporte da eletricidade por longas distâncias. A implantação demandou a montagem de 279 torres metálicas para sustentação de 1.728 quilômetros de cabos elétricos.

O empreendimento integra o pacote de obras do Lote E, arrematado pela Copel no leilão Aneel 005/2015 e vai gerar uma receita anual para a empresa superior a R$ 31 milhões.

O traçado da linha

A Linha de Transmissão tem cerca de 143 km de extensão e atravessa o território de 9 municípios: São José dos Pinhais, Mandirituba e Tijucas do Sul, no estado do Paraná, e Campo Alegre, São Bento do Sul, Corupá, Jaraguá do Sul, Pomerode e Blumenau, no estado de Santa Catarina. Em Jaraguá passa pela área tombada pelo Iphan, no bairro Rio da Luz.

Cabos condutores de energia foram lançados com uso de drones

Para vencer o desafio de instalação da linha, que atravessa regiões de serra e mata fechada, a passagem de cabos foi feita com a ajuda de drones – uma técnica que aumenta a velocidade e a segurança do trabalho, além de evitar abertura de clareiras na mata.

Geralmente, para uma linha de transmissão desse porte, seria necessário abrir corredores de três a quatro metros de largura na vegetação para entrada de equipes com materiais e equipamentos usados no lançamento manual do cabo piloto, que conduz a instalação dos cabos elétricos. 

Como os drones têm limitação de carga, eles são usados para lançar um fio de nylon com cerca de três milímetros de diâmetro, que funciona como primeiro guia para puxar cordas mais pesadas, depois o cabo-piloto de aço e, por fim, os cabos condutores de energia. 

O trabalho inicial de lançamento com drones exige bastante precisão, já que eles precisam acomodar o fio de nylon no local correto de cada uma das torres, sendo que elas ficam bem distantes umas das outras. Nessa linha de transmissão a maior distância entre duas torres chega a 1,7 quilômetro.

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