Cultura

Reforma do Museu Histórico Emílio da Silva é entregue à comunidade

O espaço museal estava comprometido, com muitas goteiras que colocavam em risco o acervo e a sua própria estrutura

19/12/2019

A ordem de serviço a empresa Cubica Construções foi entregue no início de maio e ontem, 18 de dezembro, foi recebido oficialmente o restaurado prédio do Museu Histórico Emílio da Silva, que recebeu a reforma do telhado e pintura externa e interna, entre outras melhorias. O espaço museal estava comprometido, com muitas goteiras que colocavam em risco o acervo e a sua própria estrutura. O prédio que serviu para os três poderes durante décadas, foi inaugurado em 4 de outubro de 1941. Fazia 18 anos que não recebia uma reforma, como lembrou a secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Petry.

O investimento feito foi de R$ 429.204,53, sendo R$ 196.076,04 referentes à mão de obra e R$ 233.128,49 dos materiais utilizados. A maior parte dos recursos, ou seja, R$ 349.218,99, veio do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural (Fumphaan).

Um filme produzido pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, gestora do Museu, mostrou imagens da construção do prédio nas diferentes fases, posteriormente a primeira grande restauração, com alguns depoimentos. Foi revelado também que de novembro de 2001 quando o Museu Emílio da Silva foi instalado na construção histórica, até agora, cerca de 215 mil pessoas o visitaram.

A secretária Natália registrou que o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico Natural recebe em média 600 processos anuais, mas poucos são efetivamente chegam a ser tombados. Ela citou três apenas e chamou à reflexão sobre o fato de que as pessoas não querem preservar bens históricos, o que lamentou. “A nossa história precisa ser preservada.

Temos poucos exemplos em Jaraguá do Sul, de tombamento voluntário. O nosso desejo é que que muito mais seja conservado”, falou. Sobre a revitalização da Praça Ângelo Piazera, o projeto não avançou. A empresa vencedora simplesmente não executou o projeto e deve ser excluída de outros serviços contratados pela Prefeitura, como penalização. O projeto executivo deve ser feito agora pela própria equipe da Prefeitura.

“Queremos completar o conjunto do entorno do Museu no próximo ano”, citou Natália. O prefeito Antídio Lunelli também fez essa cobrança. Ele se diz um preservacionista e registrou a preocupação em conservar bens particulares e da comunidade e a necessidade de incentivos públicos para a manutenção. Para o vice-prefeito Udo Wagner, a revitalização do Museu Emílio da Silva é um legado que a atual gestão deixa à cidade.

 

 

Por

Notícias relacionadas

x