Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Gastando a rodo! Ex-presidentes continuam recebendo pagamentos do Governo Federal
A pandemia de covid-19 não interrompeu os pagamentos feitos pelo governo federal para custear serviços prestados a ex-presidentes do Brasil com dinheiro de impostos pagos pelos contribuintes.
21/01/2021
A pandemia da Covid-19 não interrompeu os pagamentos feitos pelo governo federal para custear serviços prestados a ex-presidentes do Brasil com dinheiro de impostos pagos pelos contribuintes.
Cada um tem direito a uma equipe permanente de até oito assessores e à cobertura de gastos com passagens, diárias desses funcionários, combustível, seguro e manutenção de dois carros.
Os dados são da Secretaria Geral da presidência da República relativos aos anos de 2018 e 2019 (ainda não está fechado o ano de 2020) e foram levantados pelo jornal digital Poder360 (editado em Brasília) através da Lei de Acesso à Informação.
PT lidera gastos
Depois de quase dois anos preso por condenação na Lava Jato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou esses gastos de janeiro a outubro de 2020. A despesa com o petista somou R$ 790 mil no período. Desse valor, R$ 249,8 mil foram com diárias e passagens.
Em seguida no ranking de custos no mesmo período está Dilma Rousseff (PT), que gastou R$ 781,1 mil com os assessores e veículos aos quais tem direito.
José Sarney (MDB) foi quem menos apresentou despesas, mas mesmo assim, bateu na casa dos R$ 590,6 mil. E tudo custeado com dinheiro de impostos dos contribuintes.
Dilma, a mais cara
Considerando os últimos quatro anos, Dilma Rousseff foi a mais cara para o bolso dos contribuintes. A equipe da petista gastou R$ 5,4 milhões de janeiro de 2017, a outubro de 2020. É seguida por Fernando Collor de Mello (PROS), com R$ 3,6 milhões em despesas. Lula aparece depois gastando R$ 669 mil em 2018 e R$ 766 mil em 2019.
Os gastos de três ex-presidentes foram menores, de 2017 a 2019, pelo uso de carros cedidos pela Fiat. Fernando Collor de Mello (2 veículos disponibilizados), Fernando Henrique Cardoso (1 veículo) e Dilma Rousseff (1 veículo) foram os beneficiados, sem qualquer constrangimento. Seguro e manutenção foram pagos pela própria montadora.
R$ 60 milhões
Incluindo mordomias e gastos com assessores, seguranças, carros oficiais e viagens internacionais, os últimos seis presidentes brasileiros já gastaram mais de R$ 60 milhões a partir da concessão dos benefícios. Isso seria suficiente para construir duas mil casas populares, por exemplo.
No governo passado a União comprou 12 carros zero quilômetro ao preço unitário de R$ 108 mil para uso dos ex-presidentes.
Fernando Color de Mello, mesmo renunciando ao mandato para não ser cassado, “mama” desde 1992; José Sarney deixou a presidência em 1990; Henrique Cardoso está fora do poder desde 2003, Lula saiu em 2011, Dilma em 2016 e Michel Temer em 2017. Este último com a menor despesa, cerca de R$ 1,1 milhão.
Nos gastos não está incluído o salário vitalício de R$ 14 mil.
É lei
Toda essa mordomia execrável concedida a ex-presidentes consta de lei sancionada pelo então presidente José Sarney, em 1986, depois alterada no governo de Fernando Henrique Cardoso e, finalmente, regulamentada por Lula da Silva em 2008.
O texto determina que cada ex-presidente tem direito a quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal; dois servidores de cargos em comissão e mais dois motoristas. Todos de livre escolha.
Além do pagamento dos salários desses assessores, que variam de R$ 2.500 a R$ 13.000, o contribuinte custeia as despesas com passagens e diárias desses funcionários, além da manutenção, seguro e combustível dos veículos. E isso no país onde o salário mínimo para 2021 é de R$ 1.100,00.
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