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Jorginho Mello e Antidio?

Em Santa Catarina o MDB não elege um governador há 11 anos, mas tem um longo histórico no cargo de vice, com Pinho Moreira (Criciúma)

20/04/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Quem pode duvidar de uma chapa ao governo do Estado encabeçada pelo senador Jorginho Mello (PL) com o prefeito Antidio Lunelli (MDB) de vice? Ou vice-versa. Em Santa Catarina o MDB não elege um governador há 11 anos, mas tem um longo histórico no cargo de vice, com Pinho Moreira (Criciúma). E, registre-se, com notável discórdia interna quanto à escolha de candidatos majoritários depois da era Luiz Henrique da Silveira. Com a decisão da executiva em promover eleições prévias para indicar o candidato a governador a cizânia interna recrudesceu. 

Articulação Sul e Oeste

Em uma outra ponta, Clésio Salvaro (PSDB), pela quinta vez prefeito de Criciúma, e João Rodrigues (PSD), no terceiro mandato como prefeito de Chapecó, começam a conversar sobre uma dobradinha em chapa majoritária à sucessão de Carlos Moisés (PSL). A estratégia é desmontar, desde já, a pré-candidatura do ex-deputado Gelson Merisio (PSDB) a governador, já que os tucanos não o apoiam de maneira consistente. O preferido, disparado, é Salvaro.

Sem acusações

Com relatórios contundentes das Polícia Civil e Federal, dos Ministérios Público Estadual e Federal, Tribunal de Contas do Estado e arquivamento do processo pelo Superior Tribunal de Justiça, o que resta para condenar o governador Carlos Moisés (PSL) por responsabilidade na compra fraudulenta de 200 respiradores pulmonares por R$ 33 milhões, pagos à vista e nunca entregues?

Moisés volta

Tal quadro indica a volta de Moisés ao governo em breve tempo. Exceto se, diga-se com todas as letras, se descambar para um julgamento meramente político, incluindo aí os votos dos cinco desembargadores que integram o Tribunal Especial de Julgamento. Com outros cinco deputados estaduais. A decisão deve sair entre 30 de abril e 7 de maio.

Em campanha

Enquanto isso a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido) age como se já tivesse assumido o cargo definitivamente. Em outras palavras, tenta passar uma imagem de competência para alavancar candidatura a deputada estadual. Como já o pretendia em 2018, convencida que foi a compor na chapa de Moisés.

Gastança sem controle

Entre janeiro de 2019 a dezembro de 2020, os 513 deputados federais gastaram, juntos, R$ 367.916.285,02. Só com combustíveis foram R$ 27 milhões. Lúcio Big, fundador do Observatório Político Socioambiental – premiado pela ONU em 2020, por ações de combate à corrupção – lidera um grupo com mais de 200 colaboradores de todos os estados do Brasil. O instituto denuncia às autoridades os gastos irregulares de dinheiro público. Desde 2013, já foram recuperados mais R$ 6 milhões para os cofres públicos.

É na cara dura

São eleitores acompanhando os eleitos para saber como eles usam o dinheiro do contribuinte. O alvo agora são as despesas dos 513 deputados federais com combustíveis, na chamada “Operação Tanque Furado”. O deputado Daniel Silveira (PSL/foto), em prisão domiciliar, é o campeão em abastecimentos únicos. Ele declarou à Câmara dos Deputados a compra de mais de mil litros de gasolina de uma única vez. Para isso, o tanque teria que ser maior do que uma caixa d’água, que é quase do tamanho de um carro popular.

E segue o baile

Luiz Henrique Fontão, até então lotado no gabinete da deputada Ana Paula da Silva (PDT) na Assembleia Legislativa, é o novo diretor de Patrimônio Cultural do Estado. Paulinha, como é conhecida, já foi líder do governo de Carlos Moisés (PSL) na Assembleia Legislativa à revelia do diretório estadual do PDT e está com um pé no MDB- atrelado ao governo de Daniela Reinehr (sem partido) – a convite do deputado federal Carlos Chiodini.

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