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Coluna: Semear e colher

Terras férteis são sempre generosas quando há boa semeadura e cuidados com a germinação. Já as terras áridas desafiam e exigem, sobretudo, paciência…

31/05/2020

Por Sônia Pillon

Semear e colher… Terras férteis são sempre generosas quando há uma boa semeadura. A colheita, quando o solo e as condições climáticas favorecem, é sempre abundante nesses casos. Porém, quando o solo não favorece, é inóspito, pede mais esforço de quem planta. Exige persistência, tenacidade. Demanda mais suor para alcançar os resultados almejados.

Terras áridas são desafiantes, não importa o que se planta. As sementes eclodem com menos intensidade, “vingam” menos. É preciso mais técnica, adubação, tecnologia… Mais dedicação e, sobretudo, paciência. Em termos práticos, mais investimentos também.

O ato de jogar sementes na terra é milenar, remonta à Pré-História. Inicialmente, nos primórdios da civilização, o homem consumia o que arrancava do chão, ao imitar os herbívoros, e instintivamente.  Uma pesquisa mais apurada nos revela que o “homem das cavernas” passou a cultivar alimentos no período Neolítico, depois da Idade da Pedra Lascada. 

Semear e colher… Da Idade Média, quando a atividade agrícola era a base alimentar  dos feudos, até o agronegócio que temos nos dias atuais, muitos séculos se passaram.

Paralelo ao agrobusiness está a agricultura familiar,  que hoje mantém as pequenas propriedades produtivas, deixando para trás o fantasma do êxodo rural.

Um dos exemplos bem sucedidos do associativismo rural é a iniciativa dos produtores em buscar alternativas para os revezes da pandemia. Em Jaraguá do Sul, com o fechamento temporário das escolas, onde a Cooperativa dos Produção Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas) fornecia frutas, legumes e verduras, a saída foi levar os produtos da terra até os consumidores. Adotando o sistema de delivery, os dois lados estão sendo beneficiados. 

Semear, germinar, frutificar e colher… Na agricultura como na vida, é preciso acreditar nas boas sementes, porque tudo o que se planta com afinco, se colhe depois…

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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