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Abertura da Usina Bracinho atraiu multidão no sábado

A Usina do Bracinho produz 15 MW, suficiente para abastecer 45 mil residências. A energia gerada é levada em rede de 34 kV para a subestação de Guaramirim e integrada ao sistema nacional

27/11/2019

Antes das 9h, uma pequena multidão se aglomerava no portão de acesso à Usina do Bracinho, em Schroeder, no sábado. Eram pessoas da comunidade e também de fora que queriam conhecer de perto o espaço que é restrito à visitação, por ser uma área de segurança. Muitos celesquianos que trabalharam no local, depois de anos, voltaram para matar a saudade, como o Opa Bauer, que foi funcionário por 28 anos depois da aposentadoria conseguiu entrar uma única vez na Usina.

Veio com toda a família e aproveitou para contar algumas histórias, como no tempo em que, com uma enxada, limpava o mato no paredão de 270 metros a partir da represa até a base onde ficam as máquinas, suspenso por cordas. Como a dele, a Usina do Bracinho tem muitas histórias, inclusive de “supostos ETs”, como se ouviu de um antigo servidor do local.

Os que não foram de condução própria, tinham a opção de utilizar as vãs contratadas pela Celesc, com saída defronte à Prefeitura. A comunidade realmente aproveitou a oportunidade e conheceu como é produzida a energia elétrica por meio da água que que desce pelo duto e gira as turbinas, além de verificar mais de perto todo o complexo, junto com as atrações que a Prefeitura e entidades parceiras disponibilizaram.

Além da Celesc, o Instituto do Meio Ambiente, a Defesa Civil Regional, Associação Empresarial, Amvali, Bombeiros, Polícia Ambiental e outros convidados estiveram no local. A exposição sobre a memória da energia catarinense também chamou muito a atenção, como também de animais taxidermizados de espécies existentes na região.

Carro e bicicletas elétricas também estavam expostos. Teve até uma feira de adoção de animais. Das 9h às 15h, a Usina do Bracinho contou com uma movimentação intensa, que serviu para a maioria “matar a curiosidade” para conhecer a estrutura, mas, principalmente, foi uma aula de história, de empreendedorismo e de conscientização ambiental. A Usina foi inaugurada em 1931, impulsionando o desenvolvimento do Norte de SC.

Energia produzida na Bracinho atende 45 mil residências

A Usina do Bracinho produz 15 MW, suficiente para abastecer 45 mil residências. A energia gerada é levada em rede de 34 kV para a subestação de Guaramirim e integrada ao sistema nacional. O engenheiro responsável pela operação e manutenção da Usina, Flávio Spolaor, disse que desde 1931 a Usina funciona ininterruptamente e faz parte da memória da energia catarinense, em especial do Norte do Estado, onde tem colaborado com o seu desenvolvimento.

A abertura da Usina no sábado, segundo explicou, foi para mostrar à população sobre o seu estado de conservação e segurança. Sobre isso, a Celesc Geração elaborou os planos de Segurança de Barragem e Ação de Emergência, entregue em 2017, havendo acompanhamento constante das barragens que fornecem água para girar as turbinas. São três as existentes. “Elas são monitoradas constantemente e são seguras”, garante.

Estudo vai definir abertura da Usina em outras oportunidades

A Usina está localizada dentro da Reserva Ecológica do Bracinho, a primeira criada em Santa Catarina e que deve ser transformada em Unidade de Conservação Ambiental, pelo IMA-SC. O evento de sábado foi organizado pela Celesc, em parceria com a Prefeitura de Schroeder.

O prefeito Osvaldo Jurck acompanhou no período da manhã toda a movimentação. Estava satisfeito com a oportunidade aberta pela Celesc de visita à Usina. Acompanhado do engenheiro eletricista Flávio Spolaor, responsável pela operação e manutenção da Usina, o prefeito Osvaldo explicou que o evento de sábado foi muito bom para o turismo e para a divulgação do município.

Prefeitura e Celesc devem, agora, segundo o engenheiro Flávio Spolaor, traçar o plano de abertura do espaço em outras oportunidades e as formas de operacionalização. Ainda não existe nada definido, mas a partir do sucesso do “Portas Abertas”, deve ser permitida a entrada de grupos mediante agendamentos prévios.

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