Adultos usando chupeta? Saiba o que está por trás da trend do momento
Imagem gerada por inteligência artificial
Uma cena inusitada vem ganhando espaço nas redes sociais: adultos usando chupeta como forma de relaxamento. O que parecia apenas uma brincadeira isolada virou moda e agora levanta um debate sério sobre saúde emocional e bucal.
Embora possa parecer estranho à primeira vista, o hábito tem conquistado cada vez mais adeptos, impulsionado por vídeos virais, celebridades e a busca crescente por conforto emocional em tempos de ansiedade. A tendência, no entanto, vem acompanhada de alertas de especialistas.
De onde veio essa ideia?
A tendência começou na China, como uma tentativa de aliviar o estresse e a ansiedade por meio de um gesto que remete ao conforto da infância: a sucção.
Com o tempo, celebridades e influenciadores digitais passaram a aderir à moda. Mas quem viralizou mesmo foi o ator Ary Fontoura, de 92 anos, que ironizou o uso da chupeta em um vídeo divertido. A brincadeira, no entanto, acabou gerando uma onda de reflexões.
O que dizem os especialistas?
O uso da chupeta por adultos pode ser entendido como um mecanismo de defesa conhecido como “regressão”. Trata-se de um retorno simbólico à infância, quando a sucção proporcionava sensação de segurança e calma. A sucção ativa neurotransmissores como a serotonina, promovendo alívio momentâneo da ansiedade. Mas isso não resolve a causa emocional e pode criar dependência.
Conteúdos em alta
No campo psicológico, o hábito tem sido associado à busca por soluções imediatas diante de problemas emocionais mais profundos. Essa prática pode refletir a sobrecarga emocional vivida por muitos jovens e adultos na atualidade, indicando uma tentativa de autorregulação rápida frente ao estresse.

Segundo especialistas em odontologia, o uso prolongado da chupeta na fase adulta pode provocar desalinhamento dos dentes, problemas na mordida, distúrbios de deglutição e até doenças gengivais.
Mesmo quando feita de silicone, a chupeta exerce pressão constante e repetitiva sobre a arcada dentária e as articulações. Esse uso inadequado pode facilitar o surgimento de infecções orais e, em casos mais graves, até engasgamento, especialmente se utilizada durante o sono.
Os especialistas recomendam alternativas mais saudáveis: psicoterapia, exercícios físicos, técnicas de respiração, mindfulness e brinquedos antiestresse. Chicletes sem açúcar também podem ajudar sem comprometer a saúde bucal.
Como isso impacta sua vida?
Essa tendência pode parecer só mais uma moda curiosa das redes, mas revela uma demanda crescente por acolhimento emocional e autoconhecimento. Em vez de seguir soluções paliativas, é fundamental refletir sobre o que tem causado ansiedade e buscar ajuda real. Afinal, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo.
Maria Eduarda Günther
Jornalista em formação na FURB, nascida em Jaraguá. Cresci entre filmes, livros e peças teatrais. Após criar conteúdo para redes socias sobre Formula 1 e esportes descobri a paixão por jornalismo e a área de comunicação. Nunca perco a oportunidade de conhecer novos lugares e novas histórias por ai.