Ajude Lulu a vencer o câncer! Família de Jaraguá procura doador de medula; veja como doar

Foto: Arquivo pessoal
Em Jaraguá do Sul, uma corrente de solidariedade cresce a cada dia em torno de uma causa que não pode esperar: salvar a vida da pequena Luisa Pereira Millnitz, carinhosamente chamada de Lulu.
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Com apenas dois anos de idade, a menina foi diagnosticada com uma forma rara e agressiva de leucemia, e sua única chance de cura é um transplante de medula óssea.
O transplante é um tratamento essencial para quem enfrenta doenças graves do sangue, como a que acomete Lulu. Esse procedimento substitui a medula doente por células saudáveis, capazes de retomar a produção normal de células sanguíneas.
Para que isso aconteça, é preciso encontrar um doador com perfil genético compatível — o que é raro. Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas como doadoras, maior a chance de salvar vidas.
Uma rotina virada do avesso
A história de Lulu mudou de forma brusca depois de um simples exame de rotina. A pediatra identificou alterações nos exames de sangue e encaminhou a família para outras cidades em busca de diagnóstico e tratamento. Lulu passou por internações em Blumenau, exames em Joinville e agora segue em acompanhamento em Curitiba, onde especialistas confirmaram a presença de uma leucemia rara: a leucemia mielomonocítica crônica juvenil.
Essa forma da doença não costuma ser detectada em exames convencionais e tem progressão rápida, exigindo ação imediata. Por ser rara, também desafia os tratamentos tradicionais. Hoje, a única opção curativa para Lulu é o transplante de medula com doador 100% compatível.
A campanha que pode salvar vidas
Diante do diagnóstico, a família de Lulu iniciou a campanha “Vamos Ajudar a Lulu”. O foco é duplo: encontrar um doador compatível e ampliar a conscientização sobre a doação de medula óssea. A mobilização tem se espalhado por escolas, redes sociais e grupos de apoio em Jaraguá do Sul e região.
Cadastrar-se como doador é simples: basta ir até um hemocentro, apresentar um documento com foto e doar uma pequena amostra de sangue, que será analisada geneticamente. Os dados ficam registrados no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Caso haja compatibilidade com algum paciente, o voluntário é contatado.
Quem pode doar
Para se cadastrar, é preciso:
- Ter entre 18 e 35 anos;
- Estar em bom estado de saúde;
- Não ter doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue;
- Não apresentar doenças hematológicas, autoimunes ou câncer.
Após o cadastro, o doador pode ser chamado a qualquer momento, se houver compatibilidade com algum paciente.
Como isso impacta sua vida?
A história de Lulu é um chamado à empatia e à ação. Milhares de pessoas aguardam por um transplante de medula no Brasil, e cada novo cadastro pode significar uma vida salva. Em Jaraguá do Sul, a campanha mobiliza a comunidade e mostra que um gesto simples pode representar tudo para uma família. Cadastrar-se como doador é um ato de amor que pode transformar o destino de alguém — talvez o da pequena Luisa.
Gabriela Bubniak
Jaraguaense de alma inquieta e jornalista apaixonada por contar boas histórias. Tenho fascínio por livros, música e viagens, mas o que me move é viver a energia de um bom futsal na Arena e explorar o que há de melhor na nossa terrinha.