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AMA de Jaraguá inicia a ocupação do prédio do antigo Procad, na Tifa Martins

O prédio foi reformado e recuperado e foi dividido entre a Apae – que está implantando a segunda unidade – e a extensão da AMA

12/08/2022

A Prefeitura reformou a estrutura do antigo Procad, na Tifa dos Martins, construído e batizado como Centro da Juventude e Família Hildegard Hufenüssler e que nos últimos anos estava abandonado, desde a saída do abrigo institucional por determinação do Ministério Público, sendo alvo de depredações e uso indevido por meliantes.

O prédio foi reformado e recuperado e foi dividido entre a Apae – que está implantando a segunda unidade – e a extensão da AMA – Associação Amigos do Autista de Jaraguá do Sul. A AMA, que tem sede na Vila Lalau e que atende, atualmente, 156 usuários e suas famílias, iniciou atividades no local na terça-feira (9).

A presidente da entidade, Tânia Griselda Krause, explica que a demanda tem crescido muito e que é preciso dar resposta ao crescimento da procura por atendimento. Nesse primeiro momento foi implantado a área de estimulação.

A entidade completou 30 anos em 2021, dedicando-se ao cuidado e assistência de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Já são 156 usuários de todas as faixas etárias – a maior parte crianças – e a demanda é crescente, atribuído em parte pela maior disseminação de informações e pelo reconhecimento dos sintomas pelas famílias e escolas.

A presidente Tânia Krause explica que a procura por atendimento aumentou cerca de 30% neste ano. Ela conta que com a cessão do espaço pela Prefeitura do antigo Procad, será possível atender a demanda reprimida, mas o atendimento clínico também precisa ser ampliado, não apenas aos usuários, mas também para as famílias que necessitam de suporte psicológico.

Entidade tem dificuldade de contratação

A AMA conta com uma equipe de 35 profissionais contratados e um setor administrativo reduzido, que se desdobra para o atendimento das suas funções. A presidente Tânia Krause reconhece que é preciso novas contratações, todavia, esbarra na falta de profissionais especializados no mercado, especialmente terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, pedagogos e outros.

“Temos tido dificuldades de encontrar esses profissionais. Hoje é difícil encontrar técnicos qualificados dentro das especialidades que necessitamos. As novas contratações possibilitarão o aumento gradativo dos atendimentos à demanda reprimida. Gradativamente também passaremos outros serviços no espaço de 700 m2, aproximadamente, cedido pela Prefeitura, no antigo Procad”, explica.

A entidade tem se mantido por meio de convênios com a Prefeitura, Fundação Catarinense de Educação Profissional, eventos em parceria com a comunidade, campanhas e confecção de cartões por voluntários feitos com papel reciclado, que é um dos meios de sustentação, além de doações.

(Foto: Divulgação)

Apae adéqua espaço do antigo Procad para a sua unidade dois

O espaço do Centro da Juventude e Família Hildegard Hufenuessler, antigo Procad, localizado na Rua Arthur Breithaupt 333, Tifa Martins, terá como destinação as unidades dois da Apae e da AMA. Parte daquelas instalações, até 2017, era destinada ao abrigo institucional de crianças e adolescentes. O Ministério Público considerou o prédio inadequado para a finalidade por não ter características de um lar.

Com a saída do abrigo, o prédio foi abandonado por alguns anos, mas o Município, com autorização da Câmara, investiu cerca de R$ 1,4 milhão nas reformas, destinando as instalações para a Apae e AMA que estão instalando a segunda unidade para atender a demanda. A AMA já iniciou esta semana, mas a Apae ainda não.

(Foto: Arquivo/JDV)

A diretora administrativa da Apae, Pricila Lorentz Müller, confirma que o espaço será dividido entre as duas entidades. Segundo ela, as reformas e adequações por parte da Prefeitura estão concluídas, mas para a Apae iniciar são necessárias outras adequações, como divisão de salas, haja vista que a área recebida tem espaços muito grandes para o serviço que oferece.

“Estamos organizando ainda, mas teremos atendimento a crianças no espaço, que hoje é o público que mais cresce. Teremos atendimento nas políticas da área da assistência social, saúde (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia) e na educação”, informa.

Pricila explica que a entidade já está fazendo adequações, mas busca mais recursos para a sequência dos trabalhos, via doações.

“A ideia é iniciar os atendimentos ainda em 2022 nas áreas da saúde e pedagogia, assim que a estrutura necessária estiver pronta”.

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