Jaraguá do Sul | 28/07/2025 | Atualizado em: 28/07/25 ás 12:10

Saneamento: Jaraguá do Sul avança, mas municípios da região tem 0% de cobertura de esgoto

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Saneamento: Jaraguá do Sul avança, mas municípios da região tem 0% de cobertura de esgoto

Jaraguá do Sul conta com estações de tratamento em diversas regiões da cidadeFoto; PMJS

A nova atualização do painel de Saneamento Básico do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), publicada na ferramenta Farol TCE/SC, escancarou a disparidade entre os municípios catarinenses no acesso à rede de esgoto. No Vale do Itapocu, apenas Jaraguá do Sul apresenta desempenho relevante, com 85,43% de cobertura, enquanto os demais municípios da região — Guaramirim, Corupá, Massaranduba, Schroeder, São João do Itaperiú e Barra Velha — seguem com 0% de atendimento por rede coletora.

Jaraguá do Sul é exceção regional com mais de 85% de cobertura

Diferentemente dos seus vizinhos, Jaraguá do Sul se aproxima da meta nacional de 90% de cobertura de esgoto estabelecida para 2033, segundo o Novo Marco Legal do Saneamento. Os dados do painel, alimentado pelo Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), colocam o município como um dos mais avançados do estado no setor.

Esse resultado positivo se destaca ainda mais diante da realidade das cidades vizinhas do Vale do Itapocu, todas com índice de 0% de cobertura de esgotamento sanitário registrado em 2023. A diferença revela não apenas a falta de infraestrutura nos demais municípios, mas também a urgência de políticas públicas e investimentos locais.

Vale do Itapocu trava no saneamento: Guaramirim, Corupá e região ainda com zero cobertura

Enquanto Jaraguá avança, municípios como Guaramirim, Corupá, Massaranduba, Schroeder, São João do Itaperiú e Barra Velha aparecem com nenhum atendimento por rede de esgoto, de acordo com os dados mais recentes. Isso significa que nenhum morador dessas cidades é atendido formalmente por uma rede coletora, dificultando o cumprimento das metas legais até 2033 e agravando questões ambientais e de saúde pública.

O conselheiro do TCE/SC, José Nei Alberton Ascari, responsável pela relatoria do tema, alertou durante a sessão do Pleno que o ritmo atual de evolução é insuficiente. Segundo ele, considerando o cenário estadual, apenas um terço da meta foi atingido até agora: “Será preciso fazer, em pouco mais de oito anos, duas vezes mais do que foi feito até agora”, afirmou.

Ferramenta mostra diferenças gritantes entre municípios de SC

Além do destaque regional de Jaraguá do Sul, o painel evidencia outros casos de excelência em Santa Catarina, como:

  • São Ludgero, com cobertura de 100%,
  • Balneário Camboriú, com 98,45%, e
  • Campos Novos, com 90,66%.

Esses municípios já alcançaram ou ultrapassaram a meta do Marco Legal, servindo como referência de gestão pública eficiente na área de saneamento. O painel, que pode ser acessado por qualquer cidadão, permite consultar os dados de todos os 295 municípios catarinenses e comparar indicadores de água, esgoto, perdas e metas.

TCE/SC cobra ações de gestores e amplia transparência

O painel de Saneamento Básico integra o módulo “Meio Ambiente” da plataforma Farol TCE/SC e foi desenvolvido para ampliar a transparência, o controle social e o planejamento das políticas públicas no estado. Além dos dados de 2023, o sistema permite comparar a evolução dos serviços desde 2014. As informações são do  Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinis).

Durante a apresentação dos dados, o presidente do TCE/SC, Herneus João De Nadal, destacou a importância da atuação preventiva da Corte: “A relatoria cumpre um papel decisivo dentro dessa perspectiva”, disse, ao parabenizar o trabalho conduzido pelo conselheiro Ascari.

O TCE informou que já autuou novo processo para acompanhar e cobrar providências dos gestores públicos. O órgão reforça que a fiscalização será intensificada, especialmente nos municípios com índices críticos ou estagnados.

Como isso impacta sua vida?

Se você mora em Guaramirim, Corupá, Massaranduba, Schroeder, São João do Itaperiú ou Barra Velha, a ausência de rede de esgoto pode significar mais riscos à saúde, poluição ambiental e desvalorização urbana. Já quem vive em Jaraguá do Sul se beneficia de um serviço que melhora a qualidade de vida e protege o meio ambiente. Conhecer esses dados é essencial para cobrar ações do poder público e garantir um futuro mais digno para todos os moradores do Vale do Itapocu.

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Marcio Martins

Profissional da comunicação desde 1992, com experiência nos principais meios de Santa Catarina e no poder público. Observador, contador e protagonista de histórias, conheço Jaraguá do Sul como a palma da mão

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