Brasil

Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, segundo Associação Brasileira da Indústria do Café

De acordo com o IBGE, em 2019, foram produzidas 3.009.402 toneladas do grão. A bebida, que faz parte da história econômica no Brasil, tem diversos benefícios se consumida com moderação

24/05/2021

Nesses dias mais frios, nada melhor do que um banho quentinho, um pijama, coberta e uma bebida para aquecer o corpo e acalentar a alma. 

Além de saboroso e benéfico, se consumido com moderação, o café é uma bebida versátil que pode ser consumida quente ou fria, longa ou curta. 

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), em 2019, foram produzidas 3.009.402 toneladas do grão.  E, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), em 2020, a procura pela bebida seguiu um ritmo de crescimento.  

“O café faz parte da história econômica da formação do nosso país. Lá no início do século 19, o modelo econômico do Brasil, era agrário e exportador em função do ciclo do café”, comenta  a economista Anemarie Dalchau.

De acordo com ela, até 1929 foram os anos dourados do café. Neste ano, porém, houve uma grande depressão que assolou o mundo, mas trouxe benefícios para o país. 

“O aspecto positivo dessa crise e do café na economia brasileira, foi que a acumulação de capital e o desenvolvimento de novas atividades comerciais que o café trouxe, além dos investimentos em infraestrutura que foram projetados e executados na era do Getúlio Vargas, foi o que impulsionou o desenvolvimento industrial do Brasil”, salienta.

A bebida, que caiu no gosto do brasileiro, sendo que entre novembro de 2019 e outubro de 2020, foram consumidos internamente cerca de 21,2 milhões de sacas de café, registrando alta de 1,34% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Entretanto, tudo o que é em excesso faz mal, como alerta a nutricionista e colunista do JDV, Fernanda Silvestri Dellani (CRN10 8435). Segundo ela, o café pode ser considerado uma bebida termogênica, pois contém em sua composição a cafeína, substância que acelera o metabolismo, aumenta a queima de gordura, dá mais energia e diminui a fadiga. 

“O consumo do café faz bem desde que consumido com moderação. Ele pode acelerar o metabolismo, queimar mais gordura e dar energia. Além disso, ele possui polifenóis antioxidantes que combatem os radicais livres que são substâncias que aceleram o envelhecimento celular, ajuda na saúde do coração e auxilia no emagrecimento”, explica.

A nutricionista diz ainda, que se consumido moderadamente, a cafeína auxilia  na prevenção da depressão, pois ela interfere positivamente no humor devido ao seu efeito estimulante do sistema nervoso central. 

Porém, o seu consumo em excesso pode trazer diversos malefícios ao organismo como alerta Fernanda como, por exemplo, aumento de crises de enxaqueca, aumento dos sintomas da tensão pré-menstrual e pode causar insônia.  

“Pessoas que apresentam quadro de pressão alta também precisam cuidar com o consumo de café, pelo seu efeito estimulante.”

De acordo com a ABIC, o Brasil manteve a posição de segundo maior consumidor de café do mundo e Fernanda diz que a quantidade ideal da bebida depende da faixa etária e condições da pessoa. 

“Adultos saudáveis podem beber até quatro xícaras pequenas por dia. Já as gestantes devem consumir no máximo duas xícaras pequenas por dia e, neste caso, é bom ter orientação do médico ou nutricionista, já que algumas gestantes podem ser muito sensíveis à cafeína”, salienta. 

Além disso, a nutricionista diz que adolescentes e pessoas sensíveis à cafeína, devem consumir no máximo uma xícara por dia. Ela lembra que essas recomendações variam de organismo para organismo, sendo importante ficar atento às reações do seu corpo. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde, a ingestão de café para crianças menores de cinco anos não é recomendada. A nutricionista lembra que por ser uma bebida estimulante, o café pode causar insônia, agitação, irritabilidade e pode prejudicar a absorção de alguns nutrientes como ferro e cálcio no organismo. 

“O café só deve ser ofertado para as crianças após os cinco anos. Vale ressaltar que a quantidade permitida é de meia xícara de café e de preferência não deve ser ofertado café puro e sim misturado com leite. Caso a criança apresente intolerância ou alergia à proteína do soro do leite sempre é necessária orientação médica ou nutricional.”

Se para muitas pessoas o café tira o sono, para outras, ele é visto como alento em duas frios e chuvosos e como remédio, principalmente para aqueles que sofrem com dores de cabeça. Conforme Fernanda, existem estudos que comprovam que a cafeína potencializa a ação dos medicamentos analgésicos, aliviando as dores. 

“Se consumido nos primeiros momentos de dor, por ser considerado uma substância vasoconstritora, ou seja, contrai os vasos sanguíneos, auxilia na diminuição das dores. Por outro lado, pessoas que apresentam crises de enxaqueca, sintomas de tensão pré-menstrual muito fortes a cafeína tem um papel de potencializar os efeitos, não sendo assim tão benéfica”, destaca. 

Seja como for, moído ou torrado, quente ou frio, no meio da manhã ou no final do dia, uma xícara de café não faz mal a ninguém. Então, feliz Dia Nacional do Café, comemorado nesta segunda-feira (24), aos apaixonados pela bebida.

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