Bullying, uma doença enraizada

Em minhas palestras, workshops costumo dizer que: “quem sobrevive a escola, sobrevive a qualquer lugar e condição”. Quando digo isso, estou falando sobre o relacionamento e as crises existentes nas escolas, sendo que as escolas e os Profissionais da Educação não estão preparadas para lidar com essa situação.

As escolas são complexas, onde as relações interpessoais são constantes e muitas vezes intensas. Os alunos estão em diferentes possibilidades de desenvolvimento social, emocional e cognitivo, o que pode levar a conflitos e desencontros. Além disso, os professores muitas vezes enfrentam desafios como falta de recursos, pressão por resultados e falta de apoio de gestores e autoridades.

O bullying é um problema que afeta muitas crianças e adolescentes em todo o mundo. Infelizmente, muitas vezes as escolas não deram atenção a este assunto tão importante, o que pode trazer consequências graves, como o atentado ocorrido em uma escola em São Paulo no dia 27/03.

É essencial que as escolas assumam a responsabilidade de tratar o bullying de forma adequada e eficaz. Isso significa educar os alunos sobre o que é o bullying, como identificar e prevenir o comportamento, e como denunciar casos de bullying.

Além disso, é importante que as escolas forneçam recursos para ajudar as vítimas de bullying, bem como para ajudar os agressores a mudarem seu comportamento.

Isso pode incluir aconselhamento individual ou em grupo, programas de resolução de conflitos e medidas disciplinares amigáveis.

As escolas também devem ter políticas claras sobre o bullying, que devem ser comunicadas claramente a todos os alunos, professores e funcionários da escola.

Essas políticas devem incluir ações específicas a serem tomadas em caso de incidentes de bullying, incluindo como relatar incidentes e como lidar com as consequências.

Em resumo, a prevenção e combate ao bullying é uma responsabilidade coletiva de pais, educadores, alunos e comunidade. É essencial que as escolas sejam pró-ativas em sua abordagem para evitar situações graves como o ocorrido na escola em São Paulo.

É hora de abordarmos este assunto com seriedade e tomarmos medidas concretas para garantir que todas as crianças e adolescentes sejam protegidos e possam ter uma educação segura e saudável.