Cotidiano | 30/07/2025 | Atualizado em: 30/07/25 ás 17:45

Quem é o cãozinho que “invadiu” missa e deitou na cadeira do padre em Jaraguá do Sul?

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Quem é o cãozinho que “invadiu” missa e deitou na cadeira do padre em Jaraguá do Sul?

Fotos: Bárbara Berns

Uma cena inusitada e cheia de ternura tomou conta das redes sociais no último fim de semana. Durante uma missa da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Jaraguá do Sul, um cachorro subiu no altar e, tranquilamente, deitou-se na cadeira do padre.

O gesto arrancou sorrisos dos fiéis e, mais tarde, de quem viu as imagens nas redes sociais. Mas afinal, quem é o protagonista desta cena inusitada? Um vira-lata carismático chamado Feijão, que já conquistou o coração da comunidade da igreja, no bairro Ilha da Figueira.

“Ele se esfregou na minha túnica como um gato; queria carinho. Depois, muito obediente, ficou quietinho do meu lado e, por fim, resolveu sentar na minha cadeira. Foi impossível não rir”, contou o padre Wanderlei Francisco Kraisch.

Para o sacerdote, o gesto vai além do curioso. “Pode até parecer irreverente para alguns, mas pra mim, foi um gesto de ternura. Se até o Feijãozinho encontrou lugar aqui, imagine você. Todos são bem-vindos”.

Cão Feijãozinho sentado em cadeira durante missa na Igreja Nossa Senhora Aparecida em Jaraguá do Sul
Foto: Bárbara Berns

Encontrou lar em meio à comunidade

Essa não foi a primeira aparição inusitada de Feijão. Apesar de ele já ser um velho conhecido dos fiéis, com presença há cerca de cinco anos pela região, foi no Natal de 2020 que chamou a atenção de todos: ele se deitou no presépio montado no altar.

Cachorro Feijãozinho deitado no presépio da Igreja Nossa Senhora Aparecida em Jaraguá do Sul
Foto: Divulgação/Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Desde então, o carisma canino cativou os corações dos fiéis, e nem mesmo uma tentativa de levá-lo para um sítio afastado, para viver mais tranquilo, conseguiu afastá-lo de sua “casa espiritual”. Depois de três semanas, ele voltou sozinho à igreja, percorrendo cerca de 15 km.

A comunidade, inclusive, se mobilizou e buscou uma família para adotá-lo, para que não ficasse na rua. A tentativa foi bem-intencionada; afinal ele tem, sim, um lar, mas não consegue ficar longe. Feijãozinho escapa sempre que pode para aproveitar o dia na paróquia.

É como se ele dissesse com todas as palavras que é ali que ele deseja estar. Chega por volta das 7h40 e passa o dia por ali, sendo mimado pela equipe e pelos fiéis. Só vai embora pelas 16h – isso quando ele não decide ficar por ali mesmo, no cantinho que a igreja organizou pra ele, com casinha, para não passar frio.

Cachorro Feijãozinho em pé no piso da paróquia em Jaraguá do Sul
Foto: Divulgação/Paróquia Nossa Senhora Aparecida

“Costumamos brincar que ele é um grande devoto de Nossa Senhora Aparecida”, complementa entre risos o padre Wanderlei. “Ele é da igreja, não tem jeito”.

Como isso impacta sua vida?

A presença de Feijão lembra que o acolhimento fala muito sobre quem somos como comunidade. E talvez a mensagem mais bonita seja justamente essa: sempre há espaço para quem chega com o coração aberto, mesmo que de quatro patas.

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Gabriela Bubniak

Jaraguaense de alma inquieta e jornalista apaixonada por contar boas histórias. Tenho fascínio por livros, música e viagens, mas o que me move é viver a energia de um bom futsal na Arena e explorar o que há de melhor na nossa terrinha.

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