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Calor acumulado nos oceanos bate novos recordes pelo sexto ano consecutivo, diz pesquisa

Os dados foram publicados hoje (11), na revista científica Advances in Atmospheric Sciences

11/01/2022

De acordo com dados publicados hoje (11), na revista científica Advances in Atmospheric Sciences, o calor acumulado nos oceanos bateu novos recordes pelo sexto ano consecutivo.

Os 23 tutores do trabalho, de 14 institutos de vários países, lembram que são resultados do fim do primeiro ano da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030).

O relatório resume dois conjuntos de dados internacionais, do Instituto de Física Atmosférica (IAP, na sigla original), da Academia Chinesa de Ciências, e dos centros nacionais de Informação Ambiental, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla original), dos Estados Unidos, que analisam observações sobre o calor dos oceanos e seu impacto desde a década de 50.

Segundo um dos autores do documento, Kevin Trenderberth, do Centro Nacional de Investigação Atmosférica do Colorado, o aquecimento dos oceanos está aumentando incessantemente, em nível global, sendo um indicador primário da mudança climática induzida pela humanidade.

No último ano, estimaram que os primeiros dois mil metros de profundidade em todos os oceanos absorveram mais 14 zettajoules de energia sob a forma de calor do que em 2020, o equivalente a 145 vezes a produção mundial de eletricidade em 2020. Toda a energia que os seres humanos utilizam no mundo em um ano é cerca de metade de um zettajoule (um zettajoule é um joule, unidade para medir energia, seguido de 21 zeros).

De acordo com Lijing Cheng (IAP), além do calor, os oceanos absorvem atualmente entre 20% e 30% das emissões de dióxido de carbono produzidas pela humanidade, levando à acidificação das águas.

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