Cotidiano | 01/09/2025 | Atualizado em: 01/09/25 ás 09:09

Capivara voadora? Roedor é um dos animais que mais oferecem riscos à aviação no Brasil

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Capivara voadora? Roedor é um dos animais que mais oferecem riscos à aviação no Brasil

Foto: annalu060/Pixabay

Não é só no convívio urbano que as capivaras chamam atenção. Um levantamento recente revelou que o maior roedor do mundo figura entre os animais que mais ameaçam a segurança aérea no Brasil. O estudo, conduzido pelo Laboratório de Transportes e Logísticas (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Secretaria Nacional de Aviação Civil, colocou a capivara na quarta posição no ranking das espécies que mais oferecem risco à aviação civil.

O risco das colisões

Os registros com capivaras começaram a ser oficialmente contabilizados em 2019 e, desde então, foram notificadas 33 colisões envolvendo aeronaves. Em cinco delas, houve danos. A etapa de pouso concentrou a maior parte dos incidentes, com 19 ocorrências, enquanto a arremetida foi o efeito mais comum registrado nos voos.

Esses episódios não se restringem a uma única região: já foram contabilizados em 11 aeroportos distribuídos entre Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre e Pernambuco.

Peso que preocupa

Um dos fatores que aumentam a gravidade do risco é o tamanho do animal. Uma capivara adulta pode pesar entre 27 e 91 quilos, bem acima da massa de aves que também aparecem no ranking. Para efeito de comparação, o urubu-de-cabeça-preta – líder da lista de espécies mais perigosas – pesa entre 1,18 e 3 quilos. A seriema, segunda colocada, varia entre 1,4 e 2,2 quilos. Ou seja, enquanto aves em bandos aumentam o risco por quantidade, a capivara se destaca pela dimensão individual.

Medidas de prevenção

Para mitigar os riscos, o estudo recomenda ações como:

  • monitorar valas de drenagem próximas às pistas;
  • instalar cercamentos para evitar o acesso de animais às áreas operacionais;
  • analisar constantemente o impacto da fauna sobre a segurança dos voos.

Essas estratégias buscam reduzir a presença dos roedores em áreas de pouso e decolagem, onde a interação entre aeronaves e fauna é mais crítica.

Um problema amplo

O guia elaborado pelos pesquisadores analisou 68 espécies que representam risco para a aviação. Além das capivaras, urubus, seriemas, fragatas e outras aves de médio porte aparecem entre as principais causas de incidentes. Só o urubu-de-cabeça-preta, por exemplo, foi responsável por mais de 600 colisões entre 2011 e 2024, em 120 aeródromos.

Embora o fenômeno seja conhecido mundialmente como birdstrike (quando envolve aves) ou wildlife strike (quando engloba outros animais), a presença da capivara chama a atenção justamente por ser a única espécie não-ave entre as 20 mais perigosas.

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