Casos de coqueluche em crianças crescem mais de 1200%
Coqueluche volta a preocupar e reforça a urgência da vacinação.
O Brasil vive um novo alerta de saúde pública: os casos de coqueluche em crianças pequenas aumentaram mais de 1200% em 2024, segundo o Observatório de Saúde na Infância. Foram 2.152 registros da doença entre menores de 5 anos — número superior à soma dos cinco anos anteriores. Desses, 665 precisaram ser internados e 14 morreram.
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis e pode ser prevenida com vacina. Bebês devem receber três doses da pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, e gestantes precisam ser vacinadas em todas as gestações com a DTPa, para proteger os recém-nascidos.
Segundo a coordenadora do Observatório, Patrícia Boccolini, o aumento dos casos tem várias causas: a retomada dos ciclos naturais da doença após a pandemia, falhas nos serviços locais de saúde e desigualdade nas coberturas vacinais.
“Quando olhamos os números nacionais, eles parecem bons. Mas em nível municipal há muita desigualdade — alguns polos têm cobertura alta, outros não”, explica.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 90% dos bebês e 86% das gestantes foram vacinados no ano passado, mas o índice ainda está abaixo da meta de 95%.
Os dados mostram que mais da metade dos casos de 2024 ocorreram em bebês de até 1 ano, responsáveis por 80% das internações.
Como isso impacta sua vida?
Manter a vacinação em dia protege não só as crianças, mas toda a comunidade. Gestantes e famílias devem se vacinar nas UBS para evitar novas internações e mortes por doenças já preveníveis.
Agência Brasil
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