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Coluna: A autofagia partidária

Do ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) em 2014, como ocorre agora, de forma recorrente, com o MDB

02/03/2022

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

“Há uma falência dos partidos. Quando há eleições para vereador, deputados, governador, há uma autofagia partidária.”  Do ex-senador Luiz Henrique da Silveira (MDB) em 2014, como ocorre agora, de forma recorrente, com o MDB. Em seus 44 anos de vida pública, LHS perdeu uma das 13 eleições que disputou como candidato. Foi para o empresário Wittich Freitag, em 1992. E que ele próprio havia lançado para prefeito dez anos antes, na vitoriosa campanha de 1982, quando Freitag conquistou seu primeiro mandato. “O tempo tem de fazer a gente experiente. Quem não aprender com o tempo, não aprende na escola”, resumiu LHS.

MDB velho e bagunçado

Oito anos depois não é diferente. O prefeito Antidio Lunelli tem dito que o MDB é um partido velho, precisando de renovação. O deputado Moacir Sopelsa (MDB), presidente da Assembleia legislativa, vai mais longe e vê o MDB bagunçado. E diz mais: qual a segurança do governador Carlos Moisés de ser candidato à reeleição se vier a se filiar no MDB?  Na verdade, é aí que reside a indecisão de Moisés (motivo de toda a cizânia no partido) em aceitar a proposta da bancada dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa. Afinal, o “sim” cabe à executiva estadual do MDB e não só àqueles que hoje apoiam o chefe do Executivo.

Sonhando com Moisés

PSDB também vive dias de incerteza. Sem perspectivas de nome consistente na disputa pelo do Estado, é mais um dos partidos que sonha ter Carlos Moisés (sem partido) no ninho tucano. Ou uma beiradinha no poleiro da coligação que se formará para apoiar a reeleição do governador. A executiva estadual cita nomes como o do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, do ex-governador Leonel Pavan, do ex-senador Paulo Bauer. Bobagem!

Nomes sem lastro

Leonel Pavan, também, vereador, prefeito e senador, em 2016 tentou novo mandato de prefeito de Balneário Camboriú. Perdeu para Fabrício Oliveira, por diferença de 10 mil votos. Em 2018 lançou Pavan Júnior (filho) a deputado federal: 14 mil votos. Clésio Salvaro é conhecido na região de Criciúma e nunca disputou a cadeira de governador. Paulo Bauer, da desastrada campanha de 2018- quinto lugar na votação para senador- tomou chá de sumiço.

Bolsonarista com o PT

O ex-deputado Gelson Merisio, que deixou o PSDB antes de ser enxotado por ter aderido à candidatura presidencial de Lula da Silva (PT) e do ex-deputado Décio Lima (PT) a governador, será o coordenador da campanha petista no Estado. Merisio meteu o pé na lama ao apoiar o governador gaúcho, Eduardo Leite, à presidente. Contrariando a executiva estadual que apoia João Dória Jr. De bolsonarista na campanha de 2018, Merisio agora É PT desde pequenino.

 Dinheiro sem controle

Tribunal de Contas do Estado vai fiscalizar a aplicação dos R$ 465 milhões doados pelo governo do Estado ao Ministério da Infraestrutura para obras em rodovias federais. Mais próximo aqui do Vale, R$ 300 milhões para a BR-470 e míseros R$ 50 milhões para a BR-280. E, neste caso, com aplicação exclusiva na região de Araquari. O que espanta saber é que valores já foram repassados ao consórcio de empreiteiras da 470 sem qualquer controle do TCE até agora.

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