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Coluna: A SC-108 na lista

A concessão de rodovias estaduais à iniciativa privada, incluindo a SC-108 (entre Guaramirim e Blumenau), com posterior cobrança de pedágio.

14/09/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

A concessão de rodovias estaduais à iniciativa privada, incluindo a SC-108 (entre Guaramirim e Blumenau), com posterior cobrança de pedágio, levou o secretário executivo da Parcerias Público-Privadas, Ramiro Zinder, a tentar negar a proposta.

Disse que não há (ainda) definições sobre locais de pedágio porque a proposta do governo federal é extensiva a rodovias federais interligadas à malha viária estadual. E que não se sabe se o pedágio será aplicado só nas estaduais ou nas federais. No caso da 108, o Estado deve lançar edital para a duplicação até Massaranduba no final deste ano.

Proposta é antiga

A proposta de pedágio não é nova e já foi aventada nos governos de João Raimundo Colombo (PSD) e bem antes, também, na gestão do ex-governador e hoje senador, Esperidião Amin (PP) – que à época se posicionou contrário.

De lá para cá, nada andou.  A Empresa de Planejamento e Logística, do governo federal, já faz um estudo (em fase inicial) cuja conclusão está prevista para o segundo semestre de 2022.  O estudo reúne sete rodovias federais (1.647 km), das quais a União também pretende se livrar no futuro. E outras 24 estaduais (3.153 km).

Deputados convocados

Deputados catarinenses Sargento Lima (PL) e Ivan Naatz (PL), membros da CPI que apurou responsabilidades do governador Carlos Moisés (sem partido) na compra dos 200 respiradores mecânicos por R$ 33 milhões pagos adiantados e nunca entregues, serão convocados para depor na CPI da Pandemia, do Senado.

Lima (presidente) e Naatz (relator), denunciaram vários nomes ao Ministério Público, incluindo Moisés. A convocação tem o dedo do senador Jorginho Melo (PL), candidato a governador. Os deputados foram para o partido pelas mãos dele.

Esperando por Moisés

O MDB, ocupando setores importantes no Executivo e respaldando o governador Carlos Moisés (sem partido) na Assembleia Legislativa, segue em compasso de espera.

O governador tem até março para definir a nova filiação e isso tem deixado lideranças emedebistas amofinadas. Afinal, a maioria decidiu adiar as prévias internas, por duas vezes, esperando que Moisés se decidisse pela filiação ou não ao MDB.  Mas, nesse caso como candidato ao Senado. O problema é a mosca azul, cuja picada faz aflorar a obsessão pelo poder.

De olho no Senado

Com cinco mandatos de deputado federal, exercidos entre 1995 e 2015, Edson Bez de Oliveira (o Edinho Bez) faz campanha na região Sul do Estado, sua base eleitoral, como pré-candidato a senador.

Ele é considerado como um dos emedebistas “históricos”. Até agora o MDB tinha só pré-candidatos a governador: senador Dário Berger, deputado federal e presidente estadual do MDB, Celso Maldaner, e o prefeito Antídio Lunelli. Bez apoia Berger na disputa interna do partido para indicar o cabeça de chapa.

O que leva a deduzir, salvo melhor juízo, que Berger já tem apoio da maioria dos diretórios municipais que vão apontar o candidato.

Nada de novo no PP

O PP, que sobrevive em Santa Catarina quase que pelo carisma do senador Esperidião Amin, deve decidir aos 45 do segundo tempo- se não houver prorrogação- se terá ou não candidato a governador.

Aos 73 anos de idade e com mais quatro de mandato como senador, Amin já não demonstra tanto apetite pelo cargo, mas diz que sim. Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão, e o ex-deputado federal Jorge Boeira, que já passou pelo MDB, PT e PSD, são outros nomes do partido para a disputa. No âmbito do Estado, dois ilustres desconhecidos.

 

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