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Coluna: A Variante Delta

Em Santa Catarina já temos vários casos confirmados de transmissão comunitária, o que significa que o vírus já está aqui, espalhando-se internamente

13/09/2021

Atenção! Quero fazer um alerta. O motivo é o surgimento dessa nova variante do coronavírus, chamada Variante Delta, surgida na Índia e que se espalhou rapidamente por mais de 100 países.

Ela já está no Brasil. A Fiocruz afirma que seu epicentro é no Rio de Janeiro, mas que ela também é responsável por um grande número de casos em São Paulo e em praticamente todos os Estados da Federação.

Em Santa Catarina já temos vários casos confirmados de transmissão comunitária, o que significa que o vírus já está aqui, espalhando-se internamente.

No Rio de Janeiro estamos vendo muitos casos de reinfecção entre idosos já vacinados.

Por isso, ninguém, principalmente os idosos acima de sessenta anos, deve se descuidar das medidas de prevenção: uso de máscaras, higienização das mãos e seguir mantendo o distanciamento, evitando aglomerações de pessoas.

Além do maior potencial de contágio, a variante Delta tem outra diferença em relação às variantes anteriores do novo coronavírus, que é o fato de o vírus ser transmitido mesmo por pessoas já vacinadas.

Outra diferença está nos sintomas. Embora ainda não haja um estudo definitivo, as informações vindas da Inglaterra, país onde a Delta espalhou-se rapidamente, indicam menos casos de perda de olfato e paladar e mais sintomas parecidos aos de um forte resfriado, o que faz com que as pessoas sigam saindo e espalhando o vírus.

O aumento dos casos em idosos vacinados há mais de 6 meses, parece indicar que o vírus está se aproveitando do relaxamento das medidas restritivas e da perda gradativa da proteção dada pelas vacinas.

O número de casos de contaminação e mortes pelo novo coronavírus está diminuindo graças ao avanço da vacinação, mas o surgimento dessa variante Delta é uma séria ameaça, já que seu potencial de contágio é muito superior ao da variante Gama P1, a variante Amazônica, predominante no nosso país até agora.

Por isso, mesmo as pessoas vacinadas devem seguir tomando todos os cuidados preventivos.

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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