Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Acordo não pacifica o MDB
Em meio a barulhento ranger de dentes, resolveram que o deputado Valdir Cobalchini e Berger retirassem suas pré-candidaturas
17/02/2022
Tentando evitar uma implosão do partido a poucos meses de uma disputa majoritária que promete ser a mais renhida dos últimos tempos, um grupo do MDB- leia-se senador Dario Berger, deputados estaduais e os ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Pinho Moreira-, achou por bem pôr fim à briga de foice que antecede a escolha do candidato a governador. Em meio a barulhento ranger de dentes, resolveram que o deputado Valdir Cobalchini e Berger retirassem suas pré-candidaturas. “Concordo, mas entendo que meu nome é o melhor para ganhar a eleição”, disse o senador. “Não estou desistindo, apenas adiando um sonho”, falou Cobalchini.
Berger também
As regras adotadas pelo MDB apontam que na existência de um só pretendente- neste caso e por enquanto, o prefeito Antidio Lunelli- não haverá a eleição prévia no sábado, 19, e motivo de toda a encrenca, para indicar o candidato do partido. Se for assim, será aclamado. Mas, longe de acalmar os ânimos dos mais exaltados ou de representar a vontade da maioria dos mais de 10 mil membros dos diretórios municipais e estadual, a “solução” anunciada pode acirrar ainda mais o conflito interno. Comum no MDB, mas nunca antes tão escancarado.
Bancada segue no governo
O recuo de Cobalchini, líder do MDB na Assembleia Legislativa, não significa o afastamento imediato da bancada do partido do governo de Carlos Moisés (sem partido), o preferido dos deputados e onde Luiz Fernando Vampiro (licenciado) é o titular da Educação. Ao contrário, é o grande desafio a ser superado pelo cabeça de chapa do MDB e seus apoiadores. Satisfeitos com o governo Moisés na liberação de recursos para os municípios, parlamentares do partido não mostram nenhum entusiasmo por uma candidatura que não seja o próprio Moisés.
Desdobramentos no MDB
O ex-governador Pinho Moreira afirmou que “eles (Berger e Cobalchini) estão desistindo para deslegitimar as prévias. A intenção é convocar o diretório (estadual) para que esse assunto seja rediscutido”. E atacou o presidente estadual do MDB, Celso Maldaner: “Não ouviu a executiva, tomou decisão soberana, superlativa e egoísta e omitiu, até semana passada, que não seria pré-candidato ao governo”.
A lista já tem cinco
Na outra ponta da corrida pelo Executivo estadual e com os quais o MDB vai disputar, está o governador Carlos Moisés, que ainda não decidiu a qual novo partido vai se filiar. Com ele o senador Jorginho Mello (PL), o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), o ex-deputado Décio Neri de Lima (PT) e outras siglas menores que, a cada eleição, fazem o mero papel de “arroz de festa”.
Moisés com Fabrício
Podemos, União Brasil, PSD, PSDB e PP entabulam conversas para compor uma coligação que dê sustentação a uma candidatura ao governo do Estado. São pré-candidatos, por enquanto, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil) e o de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (Podemos). Na terça-feira (15) Oliveira conversou informalmente em BC com o governador Carlos Moisés. Loureiro admite disputar o Senado se Moisés for o candidato de um dos partidos desta coligação. Mas Oliveira já disse que outra disputa que não para governador, não lhe interessa.
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