Coluna: As Independências Financeiras
Sei que a primeira imagem que vem na sua mente e esta é a utopia de muitos, de que uma pessoa independente financeiramente é aquela que não precisa trabalhar, que vive de aluguéis, dividendos ou de rendimentos de suas aplicações.

Caro (a) leitor (a), hoje quero iniciar uma provocação contigo, como anda sua relação com o dinheiro? Sim isto, mesmo. A resposta para esta pergunta é somente sua, consigo mesmo. Todos temos nossa forma pessoal de nos relacionarmos com o dinheiro. E por que quero tratar disto? Porque a intenção é ajudá-lo para que a cada dia que passa tenhas uma melhor relação com ele.
Na sequência quero partilhar, as 5 independências financeiras que todos devemos buscar alcançar. Importante: não se compare com os demais, saiba que o tempo (ele) é único para cada um. Talvez, para algumas das independências abaixo, certos leitores irão conseguir em pouco tempo, outros precisarão de anos, mas o que importa é criar um plano e ir melhorando aos poucos. Acima de tudo, comece. Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”.
Sei que a primeira imagem que vem na sua mente e esta é a utopia de muitos, de que uma pessoa independente financeiramente é aquela que não precisa trabalhar, que vive de aluguéis, dividendos ou de rendimentos de suas aplicações. E não há nada de errado em pensar nisto, contudo, quero lembrar que existem outras e que não deixam de ser fases para a tão almejada que todos sonham.
Antes, uma reflexão adicional. Como muitos que me conhecem sabem o quanto eu sou um admirador do fantástico esporte tênis. Para quem não acompanha, talvez nem saiba quem são as pessoas que irei citar, Roger Federer e Ashleigh Barty. Explico. O primeiro detém diversos recordes, e já próximo dos seus 40 anos, ainda busca voltar as quadras, ele não precisa disto, não é pelo dinheiro, mas sim por um ideal pessoal. Exemplo para muitos jovens. Já a segunda, também atingiu grandes resultados, e por motivos pessoais, resolveu parar de jogar tênis, os reais motivos somente ela sabe, mas nas suas palavras “[…] mas sei que o momento é agora para eu parar, buscar outros sonhos e descansar as raquetes”.
1 – Independência dos pais: No atual momento, esta independência se tornou relativa. Muitos jovens ainda moram com seus pais, e apesar de terem suas próprias rendas, se beneficiam de várias benesses, a famosa “roupa lavada e comida pronta”, ou seja, gastos essenciais ainda não são suas preocupações. E muitos ainda contam com auxílio de seus pais. Por isto, que como dito acima, o tempo é individual para cada um.
2 – Independência das dívidas: Este item pode ser tema para outros artigos, mas fica para os próximos. O conceito dela é quando consegues manter seu padrão de vida sem contratares crédito. É certo que para planos maiores, muitas vezes, precisarás recorrer ao crédito. Contudo, saiba que atualmente no Brasil, 75% das famílias estão endividadas. E o que fazer para mudar isto? Somente com uma mudança radical e principalmente através da educação financeira.
3 – Independência do ciclo salarial: Se num certo mês, o seu empregador demorar alguns dias para lhe pagar, ou se certo cliente atrasar o pagamento, como você fica? Se ficas preocupado é porque depende dos seus ganhos mensais, mas se consegue se manter com suas reservas por dias ou até semanas sem querer ‘arrancar os cabelos’, é porque atingistes esta independência.
4 – Independência do emprego: Esta independência é também relativa, mas a regra geral é de ter guardado no mínimo a seis meses referente aos seus gastos, para que possa dizer que detém esta independência. Para que no caso de ficar desempregado ou insatisfeito no emprego atual, possa buscar outros sonhos e projetos.
5 – Independência do trabalho: Esta é a tão famosa e muitas vezes utópica independência. Nesta fase, a pessoa trabalha porque quer, porque deseja deixar um legado, enfim porque ela tem um propósito. Contudo, ela atingiu a independência, pois seus rendimentos são suficientes para manter o padrão de vida que deseja.
Consideração final importante: A independência do trabalho, como todas as outras são relativas. Somente você, sabe qual é a sua em cada uma delas.
Explico, para certa pessoa, se ela tiver um patrimônio que lhe gere de renda R$ 2.000 ao mês e o seu padrão de vida é módico/simples e ela está feliz desta forma, ela atingiu a independência do trabalho, já em contrapartida, se uma pessoa almeja muito mais, ou seja uma renda mensal de R$ 20.000 para ter o padrão de vida que quer, precisa de muito mais patrimônio para atingir a tão sonhada independência do trabalho.
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Cristiano Mahfud Watzko
Advogado, inscrito na OAB/SC 37.773. Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Societária. Escritor e Consultor de Finanças Pessoais.