Coluna: Bibliotecas e livros

A definição clássica para uma biblioteca é a de um espaço que abriga livros, meticulosamente catalogados, para pesquisa e empréstimos. É o coração de uma escola, de uma universidade e de outras instituições, que convergem estudantes de todos os níveis e faixas etárias, com os mais diversos propósitos. Ler, assimilar, aprender e repassar o que aprendeu: essas devem ser as ideias norteadoras dos que ingressarem em seus domínios.

Ilustração: FREEPIK

Muito mais do que um local de armazenamento de obras e preservação de um acervo, uma biblioteca é o reduto da cultura atemporal. Guarda registros históricos, descobertas e encantamento. Da milenar Biblioteca de Alexandria, na Grécia, fundada no início do século III A.C, que reunia obras dos grandes pensadores mundiais, como Homero, Sócrates e Platão, entre outros, até a nossa Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, não faltam razões para conhecer esses nichos de conhecimento, que acolhem todas as vertentes ideológicas, obras técnicas e ficcionais.

E o que fazer quando uma catástrofe ambiental varre tudo o que encontra pela frente e os livros desaparecem em meio às águas, como aconteceu com instituições de ensino no Rio Grande do Sul? Nesse caso, toda a ajuda para preencher as prateleiras é muito bem-vinda, e é o que está acontecendo, com publicações e materiais escolares doados, vindos de todo o Brasil.

Solidariedade na 20a. Feira do Livro de Joinville

Um bom exemplo de solidariedade e empatia para com os alunos gaúchos foi a destinação de milhares de livros novos e seminovos, especialmente didáticos e de literatura infanto-juvenil, durante a 20ª Feira do Livro de Joinville, que aconteceu de 6 a 16 de junho. Com certeza, o montante arrecadado com o público que compareceu à Feira será motivo de alegria e gratidão para aqueles estudantes.

No dia 16, quando relancei “Encontro com a paz e outros contos budistas” na Feira do Livro de Joinville, foi bonito de ver a grande adesão à proposta dos organizadores do evento. Desde que cheguei a Jaraguá do Sul, em 1996, sempre doei, periodicamente, livros à Biblioteca Pública Rui Barbosa. Por isso, ao fazer a minha modesta doação, foi uma grata surpresa ver pilhas e pilhas de publicações que terão destino certo. Sem dúvida, um sopro de esperança para um árduo recomeço em terras riograndenses.

Foto interna da Biblioteca Nacional do Brasil. Fonte: PHVox

Biblioteca Nacional presente desde o Império

A Biblioteca Nacional, ou Biblioteca Nacional do Brasil, com o nome oficial institucional de Fundação Biblioteca Nacional, é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina. É responsável por preservar, atualizar e divulgar uma coleção com cerca de nove milhões de peças, que teve início com a chegada da Real Biblioteca de Portugal ao Brasil. Cresce constantemente, a partir de doações, aquisições e com o depósito legal.

Entre os objetos que deveriam acompanhar a família real em sua viagem para o Brasil estavam os caixotes de livros e documentos da Biblioteca Nacional da Ajuda, de Lisboa, com cerca de 60 mil peças. Em 1810 começaram a ser transferidos para o Brasil. Com o acervo reunido, o príncipe regente D. João fundou a Real Biblioteca Nacional. Até 1814, apenas estudiosos podiam consultar a biblioteca, com autorização régia. Depois foi liberado ao público. De seu acervo inicial, destaque para um exemplar da Bíblia de Gutenberg, de 1462.

A Biblioteca Nacional diversificou e aperfeiçoou suas atividades, passou por sucessivas reformas e acompanha a evolução tecnológica mundial, no aprimoramento dos mecanismos de segurança e preservação do patrimônio, metodologias modernas de catalogação e classificação para o acervo e novas tecnologias da informação. Conta hoje com a Biblioteca Digital e a Hemeroteca Digital, de jornais e revistas. (Fonte: Wikipedia).