Corupá

Coluna: Colombo joga a toalha

Colombo não era unanimidade no partido, que agora vai se bandear, ao menos em parte, para a candidatura do ex-prefeito de Florianópolis

10/05/2022

Eleito em 2010 e 2014, já em primeiro turno, por conta da famosa tríplice aliança que juntou MDB, PSDB e DEM, o ex-governador João Raimundo Colombo (PSD) jogou a toalha e não é mais pré-candidato a um terceiro mandato de governador. Colombo não era unanimidade no partido, que agora vai se bandear, ao menos em parte, para a candidatura do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), como já sinalizaram deputados do PSD na semana passada.

Sobrou o Senado

Colombo deve disputar, de novo, o Senado, onde já esteve entre 2007 e 2010, renunciando aos quatro últimos anos do mandato para se candidatar a governador. Venceu a disputa em primeiro turno liderando coligação com 12 partidos:  PSD, PMDB, PR, PTB, PSC, PSDC, PROS, PV, PRB, PCdoB, PDT e DEM. Em 2018, na coligação de Gelson Merisio (PSD), tentou voltar ao Senado, mas amargou um quarto lugar.

Eleições

  • Em Santa Catarina as eleições de outubro terão ao menos mais 85.721 eleitores aptos ao voto. O balanço é do Tribunal Regional Eleitoral, que promete os números finais para dia 11 de julho. Nas eleições municipais do ao passado éramos 5.205.931 eleitores. Estimativas do IBGE apontaram que em agosto de 2021 o Estado tinha 7.338.473 habitantes.
  • Joinville, Florianópolis e Blumenau seguem como os maiores colégios eleitorais do Estado e únicos com possibilidades de segundo turno em eleições municipais. Pela ordem, com 414 mil, 358 mil e 275 mil eleitores, respectivamente, em números contabilizados até antes do fechamento do cadastro do TRE no último dia 4 de maio.
  • Lula da Silva e Geraldo Alckmin consolidaram a aliança PT/PSB no plano nacional, fechando a chapa majoritária na disputa presidencial. Mas a realidade em alguns estados não é essa. Em Santa Catarina, os dois partidos ainda estão longe de um consenso. O PSB diz que o candidato das esquerdas a governador é o senador Dario Berger. O PT apresenta Décio Lima.
  • O PT entende que o candidato a governador precisa ter identificação singular com Lula da Silva. Décio, além da convivência com o ex-presidente desde os tempos de deputado federal, é compadre dele. Berger, egresso do MDB, foi para o partido levado pelo ex-presidente do PT, Cláudio Vignatti, que agora preside o PSB em SC. Esquerdas rachadas (também).
  • Uma nota/release anuncia a vinda do vereador Eduardo Suplicy (PT/SP) a Florianópolis. “Por sua trajetória, ética e luta incansável pela implementação de um projeto de renda básica de cidadania, Eduardo Suplicy é uma das figuras mais respeitadas do PT no Brasil”, diz trecho da nota. De fato, mas menos pelo PT, que o jogou no limbo faz tempo.
  • “Se nós tivermos candidatura própria, lógico que o MDB fará uma composição para senador, poderemos ter o candidato e até não ter. Aí eu encaminho minha candidatura à reeleição. Se o MDB buscar alguma composição, com Moisés ou qualquer outro, eu posso ser um nome lembrado a senador e vou analisar. Isso vai ser analisado no tempo cabível”. Do deputado Carlos Chiodini (MDB) ao jornalista Upiara Boschi (Upiara online) na sexta-feira (6).
  • Sem filiação partidária e depois de ensaiar candidatura ao Senado, o empresário Luciano Hang será o grande cabo eleitoral do ex-Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif Jr (PL), o ungido de Bolsonaro. Talvez agora apoie Jorginho Mello, candidato a governador do PL. Repetidas vezes Hang disse que só se filiaria a um partido que não apresentasse candidato a governador.

De papel passado

Lula da Silva e a socióloga Rosângela da Silva (a Janja) casam no próximo dia 18 de maio. Lula completa 77 anos no dia 6 de outubro. Ela faz 57 anos no dia 27 de agosto. Cerimônia restrita para l50 convidados, no máximo. De SC só o compadre Décio Lima e a mulher, Ana Paula. Depois da lua de mel, Lula virá ao Estado, já em campanha à presidência da República.

O terceiro casamento

Este será o terceiro casamento de Lula, viúvo por duas vezes. A primeira esposa dele, Maria de Lourdes da Silva, morreu dois anos após o casamento deles, em 1969, aos 22 anos de idade, vítima de mortalidade materna (morte durante a gravidez). A segunda mulher, Marisa Letícia, foi casada com o petista entre 1974 e 2017, quando morreu vítima de um AVC, aos 66 anos de idade.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Notícias relacionadas

x