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Coluna: Educar para formar cidadãos

No 15 de outubro comemoramos o Dia do Professor, data em que enaltecemos os educadores que nos introduziram no caminho do conhecimento. Por sinal, uma profissão que nem sempre é devidamente valorizada, não somente em termos salariais, mas até pelos próprios alunos. Situações de desrespeito e agressões em sala de…

22/10/2023

No 15 de outubro comemoramos o Dia do Professor, data em que enaltecemos os educadores que nos introduziram no caminho do conhecimento. Por sinal, uma profissão que nem sempre é devidamente valorizada, não somente em termos salariais, mas até pelos próprios alunos. Situações de desrespeito e agressões em sala de aula refletem uma sociedade doente, que desacredita no diálogo para a solução de problemas.

Por cerca de um ano, paralela ao Jornalismo, atuei como professora admitida em caráter temporário (ACT) na disciplina de Português e Literatura, uma das experiências mais ricas que já vivenciei.

Ao pesquisar sobre as escolas pedagógicas existentes, minha preferência sempre foi a do Método Montessori. A médica e pedagoga italiana Maria Montessori já havia idealizado em 1907 o método que promove a autonomia e liberdade individual, respeitando os limites do desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança. Empatia e equilíbrio, com autocontrole para ligar com situações conflituosas. Liberdade e autonomia com responsabilidade. Infelizmente, o método montessoriano não é uma unanimidade e o que se vê hoje é que se prioriza a competitividade desde a mais tenra idade dentro das famílias.

É comum os pais jogarem para a escola a responsabilidade de educar seus filhos, “terceirizando a educação”. São crianças que não aprenderam a ouvir uma “não” e portanto não sabem lidar com frustrações.

Egoístas e egocêntricos, esses estudantes, ao ingressarem no mercado de trabalho, demonstram uma grande dificuldade para lidar com veteranos e hierarquia, de modo geral. A chamada “Geração Nutella” quer chegar ao topo em pouco tempo, mesmo sem as qualificações e experiência necessárias, e por isso não costumam ficar muito tempo no mesmo emprego.

Numa sociedade extremamente competitiva, todos querem chegar em primeiro lugar, todos querem passar na frente! Basta observar o comportamento dos motoristas no trânsito.

É interessante observar que, em muitos casos, os que têm carros maiores, do tipo top de linha, se sentem na obrigação de ultrapassar os outros como uma forma de marcar a posição social. E essa característica leva o ser humano a frequentes disputas ao longo da vida.

Enquanto a sociedade insistir em agir movida pelo ódio e pela cobiça, continuaremos a ver guerras ferozes que levam à autodestruição da Humanidade.

É preciso, mais do que nunca, trabalhar a cultura da paz.

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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