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Coluna: Ela chegou!

O canto alegre e encantador dos pássaros e o colorido e o aroma das flores marcaram a chegada da estação mais festejada do ano. Inspiradora de poetas, artistas, de apaixonados e dos românticos incuráveis, a Primavera finalmente chegou! Paciente, a estação mais florida até esperou que a chuva derramasse suas…

25/09/2022

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Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

O canto alegre e encantador dos pássaros e o colorido e o aroma das flores marcaram a chegada da estação mais festejada do ano. Inspiradora de poetas, artistas, de apaixonados e dos românticos incuráveis, a Primavera finalmente chegou!

Paciente, a estação mais florida até esperou que a chuva derramasse suas últimas gotas, se derretessem as últimas nuvens e dissipassem o aspecto carregado e cinzento dos dias. O céu se pintou todo de azul, para encantamento de todos. E até as folhas se apresentaram muito mais verdes, sacudidas pela brisa, como se dançassem, para lá e para cá.

Com a ajuda do sol, o astro-rei que ilumina tudo à sua volta e tem o poder de aquecer o mais empedernido dos corações, a estação mais linda do ano abriu seus braços generosos e recepcionou a todos com um largo sorriso! Ah, quantas flores!

Quando ela, Primavera, finalmente deu as caras, o dia se mostrou resplandecente, como um grande painel criado pelas mãos talentosas de um pintor. Uma aquarela perfeita, formada pelas múltiplas cores da natureza, em todos os seus nuances!

Naquele dia, Dona Álida até esqueceu de reclamar da bagunça do quarto do neto, e o ranzinza do Genaro até trocou o mau humor habitual por tiradas otimistas e gostosas gargalhadas, para espanto da família! O ciclista até diminuiu um pouco o ritmo das pedaladas para curtir um pouco mais a beleza que pairava no ar. O contentamento estava visível no rosto das pessoas, nos seus sorrisos, nas roupas mais arejadas e leves…

Com a chegada da Primavera, até dava para esquecer um pouco as chuvas e trovoadas que estavam por vir, a preocupação com as contas, o espanto com o aumento dos produtos a cada ida ao mercado, e todos os demais problemas do cotidiano.

No dia seguinte à vinda dela, a Primavera, dona Álida possivelmente voltou a reclamar do quarto bagunçado, e Genaro, a  praguejar, enquanto que o ciclista deve ter voltado a correr mecanicamente pelas ruas e calçadas, preocupado com a hora… Mas naquela dia, só uma coisa importava: Ela chegou!

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