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Coluna: Lagartas e borboletas

Se fizermos uma analogia com a vida humana, uma borboleta tem muito a ensinar. Não se atenha à fragilidade aparente, mas da superação que ela representa.

29/05/2022

Nem toda a lagarta se transforma em borboleta. Esses seres leves, esvoaçantes e de múltiplas cores encantam ao vermos posarem nas flores, em busca do pólen. A visão de um panapaná, que é o termo de origem tupi para definir um bando de borboletas, é de uma beleza indescritível. Borboletas adultas têm asas grandes, muitas delas de cores vivas, vôo notável e vibrante. Um presente para os olhos e para a alma, capaz de causar alegria e arrancar sorrisos, seja em momentos de reflexão, e até de tristeza.

Quem nunca se surpreendeu com a chegada repentina desse inseto belo e frágil, próximo às árvores, sentado na grama, ou passeando por um jardim? Já ouvi dizer que uma borboleta nunca se aproxima de alguém que tem uma aura pesada… Será verdade?! Mito ou não, o certo é que esses seres, quando aparecem, têm o poder de amenizar agruras, dar um respiro, um toque de esperança.

Acima de tudo, sempre que uma delas surge, traz uma mensagem clara e estimulante, ao nos lembrar de que não foi nada fácil atingir a transformação a que se submeteu. Afinal, a borboleta teve de vencer as fases de ovo, larva, pupa e estágio adulto antes de se transformar em um lindo espetáculo da natureza! Esse processo pode durar meses e até mais de um ano. Só depois de pronta é que ela rompe o casulo e, finalmente, libera as asas, livre para voar e encantar!

Se fizermos uma analogia com a vida humana, com seus ciclos e desafios, uma borboleta tem muito a nos ensinar… Em períodos difíceis como o que enfrentamos agora, de profundas incertezas, inclusive geopolíticas e econômicas, que respingam no nosso dia a dia, haja resiliência e força!

Por isso, da próxima vez que você encontrar uma borboleta sobrevoando, não se atenha à sua fragilidade aparente, mas sim, lembre da força, da superação que ela representa. Não esmoreça! Se você está numa fase-lagarta, lute até chegar o momento de alçar voo…

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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