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Coluna: O sonho de Cobalchini

“Este sonho de ser governador não nasceu agora”, disse o pré-candidato a governador em entrevista ao jornalista Moacir Pereira

16/02/2022

O fato novo no MDB é o deputado Valdir Cobalchini, pré-candidato a governador. Concorre com Antidio Lunelli e Dario Berger.Este sonho de ser governador não nasceu agora. Apenas dois dias antes de falecer, o senador Luiz Henrique teve uma conversa comigo em sua casa de praia, em Itapema. Naquele dia, começamos a delinear um projeto que visava a disputa de 2018. Era um sonho que ele fazia questão de alimentar em mim. Infelizmente, Luiz Henrique nos deixou”, disse Cobalchini, em entrevista ao jornalista Moacir Pereira. O senador Berger também já disse, várias vezes, que se LHS fosse vivo, o candidato em 2018 seria ele (Berger).

Clima de tensão

Há uma latente expectativa entre todos os partidos políticos que pretendem disputar as eleições majoritárias e proporcionais sobre a definição do candidato a governador do MDB. Ou se o partido, por conveniência gritante das urnas, apoiará candidato de outra sigla, seja indicando o vice, seja atuando como grande cabo eleitoral a ser recompensado depois.

Mais de 10 mil votos

As prévias do MDB, no sábado (19) envolvem mais de dez mil pessoas e isso é um pouco menos da votação do deputado estadual menos votado em 2018. Votam o senador do partido e seus suplentes, deputados, prefeitos, vereadores, além de membros do diretório estadual e municipais com direito a um voto cada. O processo de votação será manual, com cédulas.

Comando dos Tamanini

Momento talvez inédito na história política de Corupá. O vereador Benjamin Tamanini (MDB), eleito em 2020 com 518 votos (o mais votado entre os nove eleitos) assume a presidência da Câmara de Vereadores. Na Prefeitura está o pai, Luiz Carlos Tamanini (MDB) eleito no mesmo ano com 4.754 votos para seu quinto mandato como chefe do Executivo corupaense.

Acordo sendo cumprido

Isso foi possível porque a vereadora Bernadete Hillbrecht (PSD) renunciou à presidência do Legislativo por força de acordo firmado pelo MDB, PP, PSDB, PSD e PSL, estabelecendo um rodízio entre os membros da mesa diretora eleita no ano passado. A vaga seria do vereador Felipe Rafael Rodrigues (PSD). Porém, por ser secretário da Saúde do município, ele não pode presidir o Legislativo.

 Majoritária sem mulheres

Em 2018 e pela primeira vez, uma mulher foi empossada como vice-governadora de Santa Catarina. Mas Daniela Reinher (PL), eleita na chapa de Carlos Moisés (sem partido), na onda Bolsonaro. Mas, por desavenças geradas em críticas de Moisés contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) -à época os três eram do PSL-  hoje ela é olimpicamente ignorada pelo chefe do Executivo. Naquele ano, outras duas mulheres estavam em chapas majoritárias como candidatas a vice: Regina Santos (Rede) e Carol Bellaguarda (PCB/PSOL).  Mas, até agora nenhum dos pré-candidatos fala em ter uma mulher como vice.

Novo comando no PTB

Deputado Kennedy Nunes assume a vice-presidência nacional do PTB, agora presidido pelo deputado Marcus Vinícius Neskau (RJ), ex-genro de Roberto Jefferson. Em 2018, Neskau foi um dos dez deputados estaduais cariocas presos pela Lava-Jato. As investigações apontaram que os envolvidos recebiam propinas mensais entre R$ 20 mil e R$ 100 mil – além de cargos – para votar de acordo com interesses do governador Wilson Witzel (PSC), cassado por corrupção em março de 2021. Jefferson era quem gerenciava propinas para o PTB nos tempos do “mensalão”. Tudo gente fina!

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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