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Coluna: Os candidatos fantasmas

Temos casos assim em Jaraguá do Sul. Tá tudo lá no site do Tribunal Regional Eleitoral

01/09/2021

O Centro de Apoio da Moralidade Administrativa do Ministério Público investigou e apurou que, em Santa Catarina, uma penca de servidores públicos se candidatou a vereador em 2020 apenas para usufruir de três meses a seis meses de licença remunerada como prevê a legislação eleitoral vigente.

Exceto registros cassados por conta de problemas com a Justiça Eleitoral, a investigação levou em conta servidores que obtiveram 10 votos ou pouco mais nas urnas, evidenciando que, a princípio, não fizeram campanha. E caracterizando uma fraude.

Se comprovado, haverá punição, tanto cível como criminal. Temos casos assim em Jaraguá do Sul. Tá tudo lá no site do Tribunal Regional Eleitoral (www.tre-sc.jus.br).

Moisés em campanha

“Este é o governo em que a população acreditou: diminuir o tamanho do Estado, fazer economia, não jogar dinheiro fora e fazer o dinheiro chegar na vida das pessoas. É isso exatamente o que nós estamos fazendo. Então, não tem mais volta. Santa Catarina nunca mais será a mesma na gestão pública estadual. Mesmo que não me deem mais tempo, mas acho que vão me dar”.

O discurso é do governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), evidenciando latente apetite por um segundo mandato. A lista de obcecados pelo poder só cresce. Além de Moisés, já temos pré-candidatos a governador do MDB, PL, PP e PSD.

E precisa lei?

*Protocolado na Assembleia Legislativa um projeto de lei do deputado Jessé Lopes (PSL) proibindo a contratação para cargos públicos de pessoas condenadas por crimes sexuais. Incluindo um cadastro contendo os nomes (homens ou mulheres).

Vai esperando, vai

Dos atuais 81 senadores, 28 deles têm processos na Justiça, por suspeitas de corrupção, peculato, calúnia, formação de quadrilha e, inclusive, por violência doméstica.

E alguém ainda acredita que por lá vão aprovar processos de impeachment contra ministros do STF?

E agora, vai?

Por exigência do Ministério Público, a mudança (provisória) de endereço da Câmara de Jaraguá do Sul para instalações da Católica de SC, no Bairro Rau, vai tirar da gaveta projeto de construção de nova sede própria.

A atual, com problemas estruturais, nem sequer tem o obrigatório “habite-se”. A Ideia foi ventilada já em 2008, quando a ex-vereadora Maristela Menel Roza presidiu a Casa.

Talvez temerosos com possível repercussão popular negativa, nenhum presidente que a sucedeu ousou ir adiante. Bobagem! O Legislativo é um dos dois poderes municipais e precisa ter uma sede, se não luxuosa, mas decente e funcional.

Labirinto de corredores

Desde então a Câmara funciona em prédio obsoleto, comprado da Associação Empresarial na gestão do vereador Afonso Piazera Neto (1999/2000).

Longe de ser apresentável para sessões solenes, por exemplo, foi adaptado a toque de caixa e virou um labirinto de corredores por onde circulam cerca de 50 servidores (efetivos e comissionados), os 11 vereadores e o público que procura a instituição em busca de apoio para problemas comunitários.

O Legislativo já tem uma área, no Bairro Vila Nova. Visto o preço de mercado por m2 de terrenos no Centro, é possível que a venda da sede atual cubra todos os custos de construção do novo prédio.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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