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Coluna: Política & Políticos – As obras federais

Fique por dentro dos principais acontecimentos da política catarinense

18/10/2022

“Batemos recordes por mortes em acidentes de trânsito e as obras federais andam a passo de tartaruga, como na BR-280 e na BR-470. Precisamos apertar o governo federal para que abra as torneiras”, protestou o deputado reeleito, Vicente Caropreso (PSDB) em discurso na Assembleia Legislativa. De fato, o histórico de pouco caso de sucessivos governos federais- desde a duplicação da BR-101 Norte, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até os dias atuais- é notório (Leia as colunas de 14 e 18/10). Outros deputados das bancadas do PSDB, PSD e PT também cobraram da União agilidade na execução de obras rodoviárias.

 

Prazo prorrogado

Projeto de lei do deputado Mauro de Nadal (MDB) dispensa os postos de combustíveis, até 31 de dezembro de 2024, da exigência da instalação e manutenção de equipamento de monitoramento ambiental e medição volumétrica. Conforme o autor, a medida leva em conta o prazo de validade das estruturas destinadas ao armazenamento de combustíveis, que pode chegar a duas décadas. Até 20 anos.

 

ELEIÇÕES

*A nota divulgada pelo candidato a governador, Décio Lima (PT), explicando o porquê do cancelamento da agenda de Lula da Silva hoje (19) em Joinville, alegando múltiplos compromissos por estados do Sul pode ter outras conotações. Por exemplo, uma vã tentativa de conquistar mais votos neste segundo turno no maior colégio eleitoral do Estado.

*Afinal, somados votos de Lula (74.282 mil) e de Lima (45.358 mil) fica abaixo dos 151.072 mil de Jorginho Mello. E sem comparação com a votação de Bolsonaro: 239.105 mil votos. Se alguém julgou ser uma perda de tempo a tentativa de melhorar esse desempenho, acertou. Além do que, em reduto bolsonarista haveria, com certeza, reações contra a comitiva petista.

*Se Jorginho Mello (PL) vencer a eleição, o MDB vai querer espaços em seu governo. Principalmente o grupo que já trabalhou pela candidatura do senador no primeiro turno, onde se destacam Antidio Lunelli, eleito deputado estadual, e Carlos Chiodini, reeleito deputado federal.

*Aliás, passada a eleição do segundo turno, o MDB catarinense deverá passar por um processo de total depuração se é que a ideia seja a de voltar a ser protagonista em eleições futuras. Os tais “históricos” do MDB, om todo o respeito, podem até figurar na galeria de honra do partido, mas nada além disso.

*O futuro mais incerto, entre os chamados “grandes partidos” de Santa Catarina, é do PP de Esperidião Amin. O partido existe em função dele, o grande derrotado em 2 de outubro. E o PSDB, hoje sem qualquer liderança que possa reaglutinar os tucanos em torno de um projeto político.

*Faltaram 17.433 mil votos para que Carlos Moisés (Republicano) fosse para o segundo turno. Eleito pelo PSL em 2018, na “onda Bolsonaro” e que quem se afastou já em 2019 esconjurando falas do presidente, ironicamente Moisés foi atropelado pela segunda onda Bolsonaro. Agora, se diz neutro neste segundo turno. Faz bem. Seu eventual apoio não soma para ninguém.

*A legalização de jogos em cassinos, bingos, jogo do bicho e outras loterias rotuladas como “jogos de azar” volta à pauta do Senado. Líderes de partidos já se reuniram com Rodrigo Pacheco, presidente da Casa. A proposta original é antiga, do ex-deputado federal por Blumenau, Renato de Mello Vianna (MDB) e já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2002.

 

Prefeito despreza petista

Prefeito Adriano Silva (Novo), de Joinville, ouviu a fala de Jorginho Mello (PL), mas quando Décio da Silva (PT) foi chamado para expor suas propostas, ele deixou a reunião convocada por setores comerciais e industriais da cidade. A atitude do prefeito foi encarada por alguns como um desrespeito ao candidato petista. De fato, olhando-se apenas por este ângulo, não há outra conclusão.

 

Aversão ao petismo

Porém, pela sua reação ao anunciado apoio do ex-presidente do partido, João Amoêdo, a Lula da Silva (PT), conclui-se que sua aversão ao petismo o leva a sequer suportar dividir o mesmo espaço com militantes do PT. “O PT é contra os princípios de liberdade econômica e individual, que tanto defendemos. Tenho orgulho e sempre falo dos princípios e valores do Novo em todas as oportunidades que tenho”, reagiu Silva. Que, aliás, já declarou apoio a Mello.

 

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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