Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Votos contra o Fundão
Os grandes beneficiados são o PSL, com R$ 575,8 milhões e o PT, que leva R$ 565,5 milhões.
21/12/2021
Oito dos 16 deputados federais catarinenses votaram pela manutenção do veto aposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), “só de mentirinha”, ao Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões para financiar as campanhas em 2022.
A favor (do veto) votaram Daniel Freitas (PSL), Caroline de Toni (PSL), Coronel Armando (PSL), Gilson Marques (Novo), Rodrigo Coelho (Podemos), Ricardo Guidi (PSD), Geovânia de Sá (PSDB) e Carmen Zanotto (Cidadania). Mas a pergunta é: exceto o Novo, pelo seu estatuto, quem votou contra o Fundão não vai usar? Me engana, eu gosto!
Votos a favor do Fundão
Pela derrubada do veto e a favor do Fundão votaram Ângela Amin (PP), Carlos Chiodini (MDB), Celso Maldaner (MDB), Darci de Mattos (PSD), Fabio Schiochet (PSL) e Pedro Uczai (PT).
Espertamente, porque sabiam da grande vantagem a favor do Fundão (317 contra 146) Hélio Costa (Republicanos) e Rogério Peninha (MDB) se abstiveram. Como o fizeram os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL). O senador Dario Berger (MDB) votou contra. Mas todos, a favor ou não, vão usar o dinheiro, com toda certeza.
Quem leva mais dinheiro
Os partidos com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados levam a maior parte do bolo. Os grandes beneficiados são o PSL, com R$ 575,8 milhões e o PT, que leva R$ 565,5 milhões.
O MDB terá direito a R$ 424,6 milhões; o PSD, R$ 388,8 milhões; o PP, R$ 383,5 milhões e o PSDB, R$ 375,9 milhões. Ao todo, 11 dos 33 partidos devem receber mais que R$ 200 milhões. Que foi o valor máximo destinado a uma legenda na eleição de 2020. Desde 2018 a lei eleitoral proíbe que pessoas jurídicas (empresas) façam doações para candidatos.
Fundo Eleitoral
Só para esclarecer: o Fundo Eleitoral para financiar campanhas de candidatos a cargos eletivos, é uma coisa. Em 2022, com R$ 5,7 bilhões. O Fundo Partidário, com outros R$ 5 bilhões é outra coisa. Neste caso, para financiar diretórios estaduais e municipais de partidos políticos. E, por isso mesmo, não há presidente que queira largar o osso por vontade própria.
Fundo Partidário
De 2019 a 2021, na condição de políticos sem cargo eletivo, Lula da Silva e o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidatos, receberam salários (juntos) de quase R$ 1 milhão via Fundo Partidário. Lula e Gomes aparecem como funcionários do PT e PDT. Roberto Jefferson, presidente licenciado do PTB e que está preso, tem salário de R$ 23,3 mil como “prestador de serviços técnicos”.
Recordista em votos
Em 2008, o futuro presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Jair Pedri (PSD), foi o terceiro mais votado entre os 11 eleitos, mas ficou na suplência. Pela coligação PC do B e PSB, fez 2.335 votos, um a menos que Jean Leutprecht (PC do B) com 2.336 votos.
Em 2012, candidato pelo PSDB, Pedri levou 4.187 votos, a maior votação de todos os tempos para a Câmara. Em 2016, concorreu a prefeito. Fez 20.354 votos, terceiro mais votado, atrás de Ivo Konell e Antidio Lunelli. Em 2020, voltou a disputar vaga no Legislativo. Foi o sexto colocado, com 2.156 votos.
Outros recordistas
Antes do grande feito de Jair Pedri nas urnas, o recorde pertencia a Moacir Antônio Bertoldi, que em 1996, concorrendo pelo PDC, chegou aos 2.156 votos.
Recorde este quebrado em 2004 por Dieter Janssen (PP), com 3.272 votos. Na legislatura atual, o vereador mais antigo é Ademar Braz Winter (PSDB), exercendo seu sétimo mandato.
Olho em Moisés
“Os prefeitos, se não são Moisés, no mínimo não querem ficar contra ele”. A avaliação é do ex-governador Paulo Afonso Evangelista Vieira (MDB), confirmando que o senador Dário Berger “está de malas prontas (para deixar o MDB rumo ao PSB) mas, penso, ainda sonha em ser candidato do MDB com apoio da frente de esquerda”.