Compulsão por compras é responsável por U$ 4 bilhões na América do Norte
De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% da população sofre de oniomania

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% da população sofre de oniomania, compulsão por compras, também chamado de consumismo compulsivo e Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC).
A doença é responsável pelo giro de mais de U$ 4 bilhões na América do Norte. Entre 80% e 94% dos compradores compulsivos são mulheres, cujo transtorno costuma surgir por volta dos 18 anos, mostrou pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria.
Para o psiquiatra Adiel Rios, o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 contribuiu para o aumento no número de casos desse transtorno.
“Com as portas fechadas, muitas lojas migraram para o e-commerce e quem já atuava neste modelo, reforçou a atuação nas vendas online. E os aplicativos de redes nacionais e internacionais são uma grande armadilha para os compradores compulsivos: eles disponibilizam cupons de descontos, pontos para cada compra realizada, que são revertidos em desconto para novas compras, entre outros atrativos. Para quem possui o transtorno, acabou sendo uma forma fácil de comprar, e de maneira descontrolada”, detalha o médico que atua no Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ele, mesmo com a abertura do comércio, o comprador compulsivo continua utilizando as ferramentas disponíveis no ambiente online, pois basta pegar o celular, entrar no aplicativo e comprar o que quiser, a qualquer hora e em qualquer lugar.
“A única forma de interromper este ciclo vicioso seria uma utilização racional ou até mesmo um distanciamento destes aplicativos. Enquanto eles estiverem disponíveis no celular, será muito difícil impedir as compras compulsivas, principalmente se a pessoa estiver ansiosa, precisando preencher um vazio ou suprir alguma carência”, afirma Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Fonte: Agência Brasil.
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