Cotidiano | 02/10/2025 | Atualizado em: 02/10/25 ás 17:29

Crise do metanol acende alerta para cuidados ao consumir bebida alcoólica

PUBLICIDADE
Crise do metanol acende alerta para cuidados ao consumir bebida alcoólica

Foto: Nicolae_Balt/Pixabay

Nos últimos dias, casos de adulteração de bebida alcoólica com uso de metanol repercutiram em todo o país. Ao todo, seis mortes suspeitas estão sendo investigadas, e há outros 39 casos sob investigação.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, previu que os casos suspeitos de intoxicação por metanol tendem a aumentar nos próximos dias e afirmou que o problema pode ter abrangência nacional.

Por conta disso, a crise reacendeu um alerta antigo no Brasil: a adulteração de produtos que deveriam ser seguros para o consumo. Esse tipo de crime coloca em risco a vida das pessoas, gera desconfiança generalizada no setor e ainda prejudica bares e restaurantes sérios, que acabam sendo vítimas indiretas dessa prática.

Riscos graves à saúde e à confiança do consumidor

Conforme a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a falsificação ocorre, principalmente, em produtos de alto valor agregado, como whiskys, destilados premium e cachaças.

“Estamos diante de uma questão de saúde pública e de preservação da imagem do setor de alimentação fora do lar. Bebidas adulteradas podem provocar intoxicações graves e até mortes. Além de destruir a confiança do consumidor, afetam bares e restaurantes que trabalham dentro da lei”, afirma Gabriel Pinheiro, diretor da Abrasel SP.

Como o bares e consumidores podem se proteger

Diante desse cenário, especialistas reforçam que a prevenção começa na escolha dos fornecedores e no cuidado com as embalagens. Algumas recomendações fundamentais, de acordo com a Abrasel, incluem:

  • Compra segura: dar preferência a distribuidores reconhecidos e legalizados, evitando intermediários desconhecidos
  • Observe o preço: valores muito abaixo do mercado costumam ser um alerta.
  • Cheque o cheiro e: odor semelhante a solvente pode ser sinal de adulteração.
  • Descarte seguro: garrafas vazias devem ser quebradas antes do descarte, impedindo que falsificadores reutilizem recipientes originais para colocar líquidos adulterados.
  • Nota fiscal: sua exigência garante mais segurança jurídica e sanitária.

A importância da fiscalização governamental

Apesar do cuidado dos estabelecimentos, identificar a fraude apenas pela aparência da garrafa é muito difícil.

“Os falsificadores utilizam garrafas e selos originais, o que torna quase impossível identificar a fraude apenas pela análise visual. Por isso, a atuação das autoridades precisa se concentrar em barrar a produção e distribuição antes que esses produtos cheguem ao mercado”, ressalta Pinheiro.

A entidade reforça que ações de fiscalização em fábricas ilegais são essenciais para conter o crime de adulteração de bebidas. Além disso, destaca que fiscalizar distribuidoras e empresas também seria uma medida eficaz, uma vez que nenhum dono de bar ou restaurante agiria de má fé sabendo da possibilidade de contaminação e dos riscos envolvidos.

Notícias de Jaraguá no seu WhatsApp Fique por dentro de tudo o que acontece na cidade e região.
Entrar no Canal
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Hospedagem por ServerDo.in
©️ JDV - Notícias de Jaraguá do Sul e região - Todos os direitos reservados.
guiwes.com.br