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Custo dos insumos e serviços preocupa empresas de saneamento em Jaraguá do Sul

No início deste ano, as tarifas de saneamento foram reajustadas em 4,77% pelo Samae, quando o recomendado foi 6,87% pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento, para o período de novembro de 2019 a outubro de 2020

26/11/2021

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A escalada de aumentos de produtos e serviços tem o preocupado a vida dos brasileiros e não é diferente no saneamento básico. O Samae, embora seja uma autarquia pública organizada, eficiente e planejada, não foge à regra. O diretor-presidente Ademir Izidoro está preocupado e revela que só com energia elétrica, de janeiro a outubro, foram gastos R$ 9,9 milhões e em todo o ano de 2020, R$ 7 milhões, um aumento de 31 por cento.

Os combustíveis representaram gastos de R$ 655,3 mil em 2020 e este ano, até outubro, a gasolina acumula alta de 74% e o diesel de 63%, respectivamente. Os insumos mais utilizados em saneamento tiveram subida meteórica, como o hidróxido de sódio que aumentou 4.900% e o serviço de escavadeira hidráulica, mais de 204 por cento.

O último reajuste tarifário foi de 4,77%.  Izidoro diz que a pressão inflacionária sobre o custo do saneamento preocupa muito. Cita que com esse cenário, fazer a manutenção de 900 km de redes de água, 600 km de redes de esgoto e 500 km de redes de drenagem existentes fica muito difícil.

“Além da manutenção, precisamos expandir os serviços. Ele adverte que se os aumentos continuarem nessa escalada, parte dessa elevação será transferido para o valor da tarifa. “Seremos obrigado a um reajuste mais equilibrado em 2022”, registra.

(Foto: Reprodução)

No início deste ano (2021), as tarifas de saneamento foram reajustadas em 4,77% pelo Samae, quando o recomendado foi 6,87% pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS), para o período de novembro de 2019 a outubro de 2020.

“As tarifas cobradas em Jaraguá do Sul é uma das menores do Estado para cidades com o mesmo porte. O índice de reajuste que aplicamos não acompanhou os reajustes médios dos insumos”, registra.

Para o consumo mínimo residencial das águas, é pago em Jaraguá R$ 34,42, o comercial R$ 59,65, o esgoto residencial R$ 27,54 e o comercial R$ 47,72. Tomando apenas a tarifa mínima de água, ela custa R$ 37,44 em Joinville, R$ 50,34 em Florianópolis, São José, Criciúma e Chapecó, R$ 38,22 em Palhoça, R$ 36,00 em Balneário Camboriú, R$ 49,76 cobrada pela Sanepar, R$ 36,68 em Tubarão.

Em cidades próximas, com menos de 100 mil habitantes, a tarifa de água mínima custa R$ 33,75 em Rio Negrinho, São Francisco R$ 49,29, São Bento R$ 40,73, Massaranduba R$ 45,98, São João do Itaperiú e Barra Velha R$ 50,34, Guaramirim R$ 39,00, Corupá R$ 49,11 e em Schroeder R$ 35,00.

Para o diretor da Agência Reguladora (ARIS), Antoninho Baldissera, o impacto no valor da tarifa é preocupante, em especial onde o consumidor tem menor poder aquisitivo. Segundo ele, como não existe subsídio para o preço das tarifas de saneamento e com o novo Marco Legal do Saneamento, os municípios que não investiram em tratamento de água e esgoto terão dificuldades em arcar com os custos do processo, porque o volume de investimentos é muito elevado.

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