Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: Escolha a profissão que você ama
Um dos maiores desafios que se apresenta a um jovem prestes a ingressar no mundo corporativo é escolher qual caminho seguir. Alguns poucos têm a convicção, desde cedo, “do que querem ser quando crescer”. A maioria muda de ideia à medida que cresce, motivados por episódios marcantes, associados à admiração…
29/09/2023
Um dos maiores desafios que se apresenta a um jovem prestes a ingressar no mundo corporativo é escolher qual caminho seguir. Alguns poucos têm a convicção, desde cedo, “do que querem ser quando crescer”. A maioria muda de ideia à medida que cresce, motivados por episódios marcantes, associados à admiração profissional. Há também os que dão continuidade à trilha aberta pelos pais, seguindo a mesma carreira, por genuína identificação, ou por pressão, pela “tradição da família”.
Mas, e os que têm vocação para mais de uma profissão, algumas das quais conflitantes? E os que não têm a mínima ideia do que fazer ao receber o diploma do Ensino Médio? Seguir estudando? Ou arranjar um emprego para pagar as contas e parar de estudar? Sem dúvida, não faltam questionamentos nessa fase da vida, repleta de possibilidades e com uma estrada aberta para ser trilhada.
Nas minhas palestras em que abordo as três décadas dedicadas ao Jornalismo, por formação e convicção, sempre ressalto os desafios que enfrentei, as dúvidas, sacrifícios pessoais e as razões que me fazem sentir gratificada. E o que muita gente não sabe é que, antes de abraçar definitivamente a área da Comunicação, precisei trabalhar em atividades burocráticas, em escritório e no comércio. Porém, essa circunstância nunca foi impedimento para buscar o meu objetivo e me formar, ainda em Porto Alegre, onde nasci.
Recentemente palestrei sobre Jornalismo e Literatura aos alunos do “Terceirão” do Colégio Abdon Batista. Tive a oportunidade de relatar a minha vivência jornalística, que em determinado momento passou a correr paralela à produção literária. Soltar a imaginação através da escrita é um habito que sempre cultivei, desde a infância. Entretanto, especialmente nos últimos anos, por uma série de fatores, a ludicidade presente em muitos dos meus textos deu lugar a conteúdos mais densos, críticos e engajados. A crônicas que questionam fatos e comportamentos individuais, que comprometem o bem comum.
Despertar nos estudantes a confiança para acreditarem em si mesmos, transformando sonhos em metas, sem se intimidarem com os “nãos” que possam receber ao longo da trajetória? Essa é a ideia! Perseverar é preciso!
Às meninas, especificamente, deixo o estímulo para que sigam com os estudos e corroboro a frase “Lute como uma garota”. É imprescindível fazer valer a luta empreendida pelas guerreiras que nos antecederam e abriram os caminhos que hoje percorremos. Uma mulher que tem uma profissão é livre para decidir sobre a própria vida, não é mesmo? Acima de tudo, é preciso escolher uma profissão que se tem identificação. E mesmo que inicialmente seja necessário começar em uma atividade modesta, nada impede que, com esforço e tenacidade, na área técnica, ou acadêmica, os objetivos se concretizem.
Ah, e não dê ouvidos aos que disserem que seu sonho é muito difícil de ser alcançado! Geralmente as pessoas que desestimulam as vitórias alheias são as que não têm motivação para sair da zona de conforto e não gostam de ver os outros motivados… principalmente quando se exige esforço e autoconfiança.
Para se sentir impulsionado a levantar todos os dias e cumprir uma jornada diária de trabalho, escolha uma profissão que você ama desempenhar! Só assim, quando chegar a aposentadoria, você poderá olhar para trás e dizer: Tudo valeu a pena!