Cotidiano | 03/07/2025 | Atualizado em: 03/07/25 ás 11:02

Com aumento de casos em humanos e animais, esporotricose acende alerta em autoridades de Jaraguá do Sul

PUBLICIDADE
Com aumento de casos em humanos e animais, esporotricose acende alerta em autoridades de Jaraguá do Sul

Foto: Reprodução/Diário da Jaraguá

A esporotricose, doença causada por um fungo que atinge a pele e pode afetar animais e pessoas, tem gerado alerta em Jaraguá do Sul. Conforme informações divulgadas pelo Diário da Jaraguá, o número de casos cresceu de forma significativa em 2025, especialmente no bairro Tifa Martins.

Notícias de Jaraguá no seu WhatsApp

Fique por dentro de tudo o que acontece na cidade e região.

Entrar no canal

A infecção ocorre quando o fungo penetra na pele por meio de feridas ou arranhões – atualmente, os gatos os principais transmissores, sobretudo em áreas urbanas. Os animais contaminados costumam apresentar lesões abertas, especialmente no rosto, nas patas e na cauda.

No entanto, também é possível desenvolver a doença por meio de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, além de contato com vegetais em decomposição.

esporotricose
Foto: Gang dos Patinhas

Crescimento expressivo de casos em 2025

A Secretaria Municipal de Saúde acompanha de perto a evolução da esporotricose na cidade. Dados do setor de Zoonoses apontam que, em 2024, sete casos haviam sido registrados em animais. Neste ano, no entanto, já são 42 casos em tratamento: 17 gatos de rua atendidos por meio de clínicas conveniadas com a Prefeitura e outros 25 animais domésticos.

Além disso, a Vigilância em Saúde confirmou 12 casos da doença em humanos em 2025 – de um total de 18 notificações. A diretora da área, Talita Piccoli Sevengnani, explica que os primeiros registros em Jaraguá ocorreram em 2021, mas de forma esporádica. Agora, o aumento expressivo liga o sinal de alerta para a população.

Sobre a doença

Os sinais da esporotricose surgem após o fungo penetrar na pele, geralmente por meio de pequenos ferimentos. A primeira lesão costuma parecer uma picada de inseto, mas pode evoluir para nódulos ou feridas mais profundas e difíceis de cicatrizar. Casos de recuperação espontânea são raros.

Em situações mais graves, quando o fungo atinge os pulmões, os sintomas incluem tosse, febre, dor no peito e dificuldade para respirar, com um quadro clínico semelhante ao da tuberculose. A infecção também pode alcançar os ossos e articulações, provocando inchaço e dores semelhantes às de uma artrite infecciosa.

A gravidade da doença varia conforme o sistema imunológico da pessoa e a profundidade da infecção. O tempo entre o contato com o fungo e o aparecimento dos sintomas pode variar bastante – de poucos dias até cerca de seis meses.

Como se proteger

– Usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, bem como o uso de calçados em trabalhos rurais;

– Nos casos de arranhadura ou mordida por animal suspeito ou doente, lavar exaustivamente o local do ferimento com água e sabão, se for em mucosa, água ou solução fisiológica e logo em seguida procurar atendimento médico;

– Usar equipamentos de proteção individual (EPIs) em toda e qualquer manipulação de animais doentes pelos seus donos e médicos veterinários;

– Animais suspeitos ou doentes deverão ser isolados em local seguro, realizando-se a limpeza e desinfecção do ambiente, de utensílios, brinquedos e outros objetos de contato com o animal com água sanitária.

– Animais suspeitos ou doentes não devem ser abandonados, o que causaria a disseminação do agente, assim como animais mortos não devem ser jogados no lixo ou enterrados, pois isso manterá a contaminação do solo;

– Indivíduos com lesões suspeitas de esporotricose devem procurar atendimento médico e levar seus animais domésticos ao médico veterinário.

Gatos também são vítimas

A ONG Gang dos Patinhas reforça que, embora sejam transmissores, os gatos também são as principais vítimas da esporotricose, e sinais da doença não devem ser motivos para “crueldade ou abandono”.

“Se você encontrar um animal de rua com sinais de esporotricose, entre em contato com a Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente) pelos telefones (47) 3273-8008 ou (47) 9913-7306 (noites e finais de semana)”, destaca a ONG.

esporotricose
Foto: Gang dos Patinhas
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Hospedagem por ServerDo.in
©️ JDV - Notícias de Jaraguá do Sul e região - Todos os direitos reservados.
guiwes.com.br

Nosso site utiliza cookies para melhorar a experiência do usuário. Ao continuar navegando, você concorda com a utilização de cookies. Para saber mais, acesse nossa Política de Cookies